A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab) informou nesta quarta-feira que a primeira fase da parceria público-privada (PPP) da habitação do município de São Paulo prevê um investimento de R$ 4,4 bilhões para a construção de 22.240 unidades habitacionais, infraestrutura pública, equipamentos públicos e prestação de serviços.
O programa, anunciado em janeiro, prevê a construção de 34 mil novas moradias em seis anos. A prefeitura ficará encarregada de ceder os terrenos. A iniciativa privada será responsável pelas construções.
Os conjuntos serão destinados a habitação, postos de saúde, escolas e creches. Todos voltados para população de baixa renda. A ideia é que fiquem localizados perto de grandes corredores de ônibus.
O vice-presidente de Habitação do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Ronaldo Cury, afirma que a PPP tende a despertar interesse de todas as incorporadoras que atuam na baixa renda, mas que a participação efetiva das empresas na disputa dependerá do que será apresentado, na quinta-feira, no detalhamento do edital.
A Cury, empresa da qual o vice-presidente do Sinduscon-SP é diretor de relações institucionais, tem interesse em estudar o edital para definir se irá participar da concorrência. “A PPP é mais um veículo para tentar reduzir o déficit habitacional”, diz.
Não se sabe ainda, de acordo com o vice-presidente do Sinduscon-SP, se o pagamento pela construção será feito assim que as obras forem concluídas.
O vice-presidente do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Rodrigo Luna, afirma que parcerias público-privadas de habitação agregam a capacidade de gestão do poder público e a de produção do setor privado. “Apoiamos incondicionalmente as PPPs”, diz.
O representante da entidade tem expectativa que a PPP de habitação do município avance em relação às realizadas pelo Estado de São Paulo. “Espero que a PPP ofereça flexibilidade para que o capital privado tenha condições de fazer ofertas melhores”, afirma Luna. Ele compara que o modelo de atuação em uma PPP é mais parecido com o de uma concessão do que com o da incorporação imobiliária tradicional.