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Tenda quer comprar mais terrenos em São Paulo e Curitiba

12/12/2018 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Valor Econômico – Empresas – 12/12/2018)

Rodrigo Rocha

A incorporadora Tenda ampliou a carteira de terrenos nos últimos anos, mas ainda vê oportunidades para aquisição de novas áreas.

“Em 2016, nosso banco de terrenos era insuficiente. A situação foi muito limiar e perigosa”, disse nesta terça-feira (11) Renan Sanches, diretor financeiro e de relações com investidores da Tenda, durante encontro com analistas e investidores. A pressão seria não ter terrenos o suficiente para desenvolver novos projetos. “Temos conseguido compor, hoje a Tenda não tem risco de execução por conta de banco de terrenos.”

O cálculo da companhia é ter banco de terrenos para os próximos três anos de projeto. Atualmente, o nível é de 2,5 anos.

As operações futuras de compra de terrenos devem se concentrar em São Paulo, que já é o maior mercado da Tenda, e Curitiba, onde a companhia entrou no ano passado.

“São Paulo é a região que vemos maior oportunidade de expansão”, disse Sanches.

Rentabilidade - Terceira maior companhia do setor em vendas, a incorporadora não tem pretensão de se aproximar das duas primeiras, MRV e Cyrela, em tamanho. Segundo Sanches, o interesse é na rentabilidade.

“Nossa maior ambição é ser a empresa mais rentável do setor. Toda decisão que tomamos é mais em função de ganhar rentabilidade que ganhar tamanho”, afirmou.

O chamado retorno sobre patrimônio da companhia (ROE, na sigla em inglês) encerrou o acumulado de 12 meses até setembro em 16,2%. A margem bruta da companhia foi de 33,6% no terceiro trimestre.

Minha Casa, Minha Vida - A chamada faixa 1,5 do programa “Minha Casa, Minha Vida”, voltada para famílias com renda entre um e dois salários mínimos, foi a grande responsável pelo forte crescimento das vendas da Tenda nos últimos 12 meses.

Segundo Rodrigo Osmo, diretor-presidente da companhia, a faixa 1,5 elevou as vendas em 40%, sem afetar as margens da empresa.

Outro efeito da faixa foi o aumento da velocidade de vendas sobre a oferta (VSO). Segundo a companhia, sem a faixa do programa, o indicador era de 23,1%; com a faixa 1,5, a velocidade sobe para 30,1%.

A companhia crê, entretanto, que essa faixa está sob pressão e deve sofrer ajustes nos próximos meses. A expansão para uma nova região - no caso, Goiânia - está em suspenso com relação ao enquadramento do empreendimento.

“Preferimos ser prudentes e crescer bem lentamente”, disse Sanches.

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