(Extra – O Globo – Economia – 18/08/2020)
O sonho da casa própria não arrefeceu com o coronavírus. Ao contrário.
Em levantamento da OLX, 19% das pessoas consultadas responderam que o interesse em comprar um imóvel aumentou durante o isolamento social. E para 41%, o desejo se manteve igual ao que tinham antes da Covid-19.
Entre janeiro e julho, a Loft, startup especializada na compra, reforma e venda de imóveis, intermediou nada menos que 200 financiamentos imobiliários — 50 deles só em junho.
No primeiro semestre, o volume acumulado com o negócio ultrapassou o patamar de R$ 100 milhões.
Dinheiro na mão.
O empréstimo que usa imóveis como garantia também ganhou força em plena pandemia.
Entre o segundo semestre de 2019 e julho deste ano, a Loft concedeu 67 empréstimos desse tipo, em que é possível antecipar até 60% do valor do imóvel.
A procura cresceu nos últimos dois meses: foram 55 negócios fechados em junho e julho.
Porta que se abre.
O que explica a tendência de uso dos imóveis como garantia? Segurança, dinheiro rápido na mão e taxas baixas.
Ou seja, tudo o que o poder público não está oferecendo aos pequenos e micro empresários — como os donos de bares e restaurantes — que viram os seus negócios afundarem durante a pandemia.
E, na maioria das vezes, não tiveram acesso a linhas de crédito oficiais.
"É por isso que os empreendedores representam a maioria dos casos. Eles precisam de capital de giro ou procuram recursos para investir na expansão do seu negócio", ressalta Raphael Tomé, Diretor de Negócios e Vendas de Crédito na Loft.