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Preço de imóveis residenciais tem queda real pelo 3º mês seguido

06/04/2021 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Valor Econômico – Economia – 06/04/2021)

Yasmim Tavares

 

O preço médio de venda dos imóveis residenciais manteve a trajetória de desaceleração e teve um sutil avanço de 0,18% em março, após registrar altas de 0,26% em fevereiro e de 0,35% em janeiro. Os dados fazem parte do Índice FipeZap, que monitora os anúncios imobiliários em 50 cidades brasileiras.

Apesar do resultado positivo, a variação mensal do indicador ficou abaixo do comportamento estimado do IPCA para o mês, de 0,95%, segundo a projeção publicada no último Boletim Focus, do Banco Central. Caso a estimativa para os preços ao consumidor seja confirmada, o valor médio de venda de imóveis residenciais vai encerrar o mês de março com queda real (descontando a inflação) de 0,76%.

Das 16 capitais monitoradas pelo índice, 13 apresentaram alta nominal no preço de venda, com destaque para Maceió (+1,38%), Vitória (+1,11%), Florianópolis (+0,82%), Curitiba (+0,82%) e Goiânia (+0,67%).

Em contrapartida, as maiores quedas foram registradas em Manaus (-0,65%), Fortaleza (-0,44%) e Belo Horizonte (-0,38%).

Com relação às duas cidades com maior representatividade na composição do Índice FipeZap, São Paulo (+0,38%) superou a alta nominal nos preços observada no Rio de Janeiro (+0,10%).

Ao considerar os imóveis residenciais colocados à venda em março, o valor médio do metro quadrado foi de R$ 7.561. Dando sequência ao resultado de fevereiro, a cidade do Rio de Janeiro se manteve como a região mais cara no último mês (R$ 9.503/m²). Em segundo lugar ficou São Paulo (R$ 9.439/m²) e, em terceiro colocado, Brasília (R$ 8.167/m²).

Entre as capitais que tiveram o preço mais baixo no mesmo intervalo temporal, Campo Grande (R$ 4.343/m²), Goiânia (R$ 4.573/m²) e João Pessoa (R$ 4.610/m²) registraram os menores valores.

Nos últimos 12 meses, o Índice FipeZap acumula alta nominal de 3,99%. Na comparação com a inflação concentrada nos últimos 12 meses, de 6,12%, porém, o indicador apresenta queda real de 2,01%. 

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