(Valor Econômico – Economia – 03/03/2021)
Yasmim Tavares
O preço médio de venda dos imóveis residenciais manteve o desempenho positivo do primeiro mês de 2021 e avançou 0,26% em fevereiro, segundo o Índice FipeZap, que monitora os anúncios imobiliários on-line em 50 cidades brasileiras. Apesar do resultado representar a 14ª alta mensal seguida, o indicador apresentou sinais de desaceleração em relação a dezembro (0,45%) e janeiro (0,35%).
A variação mensal do índice ficou abaixo do comportamento esperado do IPCA para o mês, de 0,67%, de acordo com a projeção publicada no último Boletim Focus, do Banco Central. Se a estimativa para os preços ao consumidor for confirmada, o valor médio de venda de imóveis residenciais vai encerrar fevereiro com queda real (descontando a inflação) de 0,40%.
Ainda assim, 11 das 16 capitais acompanhadas pelo indicador fecharam o mês com alta nominal no preço médio de venda de imóveis residenciais, com destaque para Maceió (+1,48%), Curitiba (+1,00%), Florianópolis (+0,88%), Vitória (+0,86%) e João Pessoa (+0,84%).
As cidades com maior representatividade na composição do Índice FipeZap, São Paulo e Rio de Janeiro, registraram aumento no valor médio de venda de 0,40% e 0,25%, respectivamente.
Na outra ponta, Salvador (-0,34%), Fortaleza (-0,21%), Belo Horizonte (-0,19%) e Manaus (-0,11%) apresentaram as maiores quedas no preço médio de venda.
O valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais colocados à venda em fevereiro foi de R$ 7.546. Entre as 50 cidades monitoradas pelo índice, Rio de Janeiro se manteve como a região mais cara no último mês (R$ 9.494/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.403/m²) e Brasília (R$ 8.146/m²).
Já as capitais que tiveram o preço mais baixo no mesmo período foram Campo Grande (R$ 4.325/m²), Goiânia (R$ 4.543/m²) e João Pessoa (R$ 4.582/m²).