(G1 – Economia – 07/08/2019)
Luiz Guilherme Gerbelli
A decisão do governo de ampliar a fatia do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que chega ao trabalhador tornou a rentabilidade do fundo mais interessante quando comparada com outras aplicações de perfil conservador.
Ao anunciar a liberação dos saques do FGTS, o governo determinou a distribuição de 100% do lucro do FGTS para os trabalhadores a partir deste ano. Com a mudança, a rentabilidade do fundo deve subir para próximo de 6%, segundo cálculos do professor de finanças do Insper Michael Viriato. Se esse rendimento se materializar, ele será maior do que o da poupança, por exemplo, que deve trazer um ganho de cerca de 4% em 2019.
A mudança na remuneração deve começar a partir de agosto, quando os R$ 12 bilhões de lucro do FGTS, em 2018, serão distribuídos integralmente aos trabalhadores.
Antes da mudança anunciada pela equipe econômica, apenas 50% do lucro era distribuído para os trabalhadores. Além desse lucro, as contas do FGTS rendem 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), que é calculada pelo Banco Central e hoje está próxima de zero.
As mudanças na remuneração do FGTS:
• Se essa rentabilidade se confirmar, deve ser superior ao que é oferecido pela poupança. Produto mais popular do país, a caderneta deve pagar cerca de 4% este ano.