(Diário do Comercio – Opinião – 29/10/2019)
Bruno Gama
Quem está buscando comprar um imóvel neste ano, já percebeu que diversas mudanças estão movimentando o mercado imobiliário. No segundo trimestre de 2019, as vendas de imóveis subiram 16%, comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo informações Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
Depois dos primeiros sinais de recuperação do setor, buscando aquecê-lo ainda mais, a Caixa Econômica Federal anunciou uma nova modalidade de financiamento imobiliário atrelado à inflação. O que acabou tornando acessível uma taxa de juros nunca antes operada no passado recente e que coloca milhões de pessoas como novos entrantes no mercado imobiliário.
Esta nova modalidade de crédito também elimina necessidade de funding de poupança, o que torna atrativa a entrada de novos players para o setor – ainda monopolizado por pouquíssimas instituições financeiras no Brasil. O aumento da concorrência permite a imediata flexibilização de produtos e processos, trazendo inovações, além de incentivar a queda dos custos para o consumidor.
Para trazer ainda mais mudanças e crescimento ao mercado em questão, em meio a esse contexto a taxa Selic também sofreu mais uma queda, chegando ao patamar mais baixo da história do Brasil. Os bancos repassaram a redução para os clientes, baixando as taxas de financiamento imobiliário, o que tem um impacto direto na redução das parcelas, beneficiando o bolso de quem deseja comprar um imóvel.
Assim, outra opção atrativa que surge novamente frente aos brasileiros é a possibilidade de adquirir um imóvel como investimento de longo prazo, principalmente frente a queda da Selic e da rentabilidade de outros investimentos.