(Money Times – Economia – 11/02/2021)
Nesta quarta-feira (10), a Secovi-SP divulgou balanço que revela como se saiu o mercado imobiliário em 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19.
De acordo com dados apurados pelo departamento de Economia da entidade, foram comercializadas no ano 51.417 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo, atingindo um novo recorde de vendas, que supera em 4,5% os resultados de 2019, ano em que as vendas totalizaram 49.224 unidades.
Com saldo positivo, 2020 surpreendeu e superou as expectativas mais positivas para um ano repleto de adversidades ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, que em março impactou os negócios do setor.
Em maio, porém, teve início a retomada, impulsionada, principalmente, pela oferta de produtos aderentes à demanda e pela menor taxa de juros da história do País.
Os destaques de vendas do ano foram os imóveis de dois dormitórios, com área útil entre 35 m² e 45 m² e preços de até R$ 240 mil. Os lançamentos no ano totalizaram 59.978 unidades na cidade de São Paulo, com maior movimento percebido no último trimestre, quando foram lançadas de 33,5 mil unidades. Contudo, esse volume ficou abaixo das 65.312 unidades lançadas em 2019.
A pesquisa registrou também o crescimento na oferta final de imóveis (unidades lançadas, mas ainda não comercializadas). O mês de dezembro de 2020 terminou com 46.948 unidades disponíveis para venda, o equivalente a 11 meses, considerando-se a média de comercialização do ano.
O que esperar em 2021
A previsão do Secovi-SP para o mercado imobiliário em 2021 é de manutenção do bom desempenho, com crescimento estimado de aproximadamente 5% a 10% em relação aos resultados de 2020.
Porém, para esse cenário se comprovar, a taxa de juros precisa permanecer em patamares baixos, o PIB (Produto Interno Bruto) deve voltar a crescer e a inflação ficar sob controle.
Na cidade de São Paulo, aguarda-se uma adequada revisão do Plano Diretor Estratégico, legislação fundamental para o bom desempenho do setor, com possiblidade de melhor aproveitamento dos terrenos, cada vez mais caros e escassos no município, onde é crescente a necessidade de oferta de imóveis novos para atender a grande demanda.