(Valor Econômico – Empresas – 14/11/2018)
Chiara Quintão
O prejuízo líquido da Lopes cresceu 11,2% no terceiro trimestre, na comparação anual, para R$ 11,5 milhões, como consequência do aumento nas rubricas depreciação e imposto de renda. A receita líquida caiu 9%, para R$ 23,1 milhões.
O Ebitda segue negativo a R$ 4,2 milhões, queda de 43% ante R$ 7,4 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
O Ebitda ajustado continuou negativo, mas a perda diminuiu 48%, para R$ 1,89 milhão. A companhia teve margem Ebitda negativa em 8,2%.
Lançamentos - No trimestre, o Valor Geral de Vendas (VGV) total intermediado pela Lopes aumentou 6%, para R$ 1,6 bilhão. Desse total, R$ 801,9 milhões se referem à intermediação em operações próprias e R$ 757,9 milhões, à intermediação em franquias.
O VGV intermediado nas operações próprias caiu 18,6% devido à concentração dos lançamentos no fim do trimestre – 72% dos projetos foram apresentados em setembro –, enquanto o em franquias cresceu 54%.
No quarto trimestre, o VGV lançado pela maior rede de imobiliárias do país vai somar R$ 4,8 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões já foram apresentados. O VGV previsto para os três últimos meses do ano corresponde ao total lançado de janeiro a setembro. Os lançamentos vão chegar a R$ 9,65 bilhões em 2018, com crescimento de 26% em relação ao ano passado.
Há concentração de lançamentos na cidade de São Paulo, e o destaque entre os produtos apresentados, neste fim de ano, são empreendimentos destinados à média-alta renda. Segundo a diretora de relações com investidores da Lopes, Beatriz Machert Lavieri, a companhia está otimista, e a insegurança dos consumidores foi reduzida após a definição política – Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República – e com a perspectiva de aprovação das reformas.