SÃO PAULO - O presidente da Gafisa, Sandro Gamba, afirmou nesta sexta-feira (11), durante teleconferência para anúncio de resultados do 1º trimestre, que a margem bruta da incorporadora tende a 35%. O prazo para que o patamar seja atingido não foi informado.
A Gafisa reverteu a margem bruta negativa de 12,6% do primeiro trimestre de 2017 para 10,7% de janeiro a março deste ano.
Segundo Gamba, à medida que os projetos de 2016 e 2017, mais rentáveis do que os das safras anteriores, começam a ter mais representatividade na composição da receita, a margem bruta tende a crescer. O executivo acrescentou que a margem melhora também em decorrência da redução do estoque pronto.
De acordo com o executivo, o patamar de despesas gerais e administrativas do primeiro trimestre deve ser mantido. As despesas gerais e administrativas caíram 31,7%, de janeiro a março, para R$ 18,696 milhões.
Distratos - O nível de distratos da Gafisa dos três primeiros meses do ano, de R$ 58 milhões, será mantido nos próximos trimestres, diz Gamba.
No primeiro trimestre, as rescisões de vendas caíram 50,8%, na comparação anual.
A incorporadora encerrou o primeiro trimestre com estoques de R$ 1,397 bilhão, com queda de 8,7% ante o valor registrado no fim de 2017.
Caixa - Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Carlos Calheiros, a expectativa é um fluxo de caixa livre positivo neste ano. A companhia consumiu caixa de R$ 71,9 milhões no primeiro trimestre deste ano.
De acordo com o executivo, o consumo de caixa resultou de a incorporadora não ter entregado empreendimentos no trimestre, assim como ocorreu nos três últimos meses de 2017.
A geração de caixa ocorre, principalmente, em decorrência dos repasses dos recebíveis dos clientes para os bancos no momento da entrega dos projetos.
A Gafisa espera que o consumo de caixa seja equacionado nos próximos trimestres com a conclusão de empreendimentos. Para este ano, a companhia projeta entrega de 2 mil a 2,2 mil unidades.