Adotada para beneficiar a classe média e o setor da construção civil, a medida que aumentou o valor do imóvel que pode ser financiado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem "boa possibilidade" de ser prorrogada caso seja colocada em pauta em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) amanhã, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O CMN estabelece o limite do valor de imóvel que pode ser financiado dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o que envolve também o FGTS. Em fevereiro, o limite subiu de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão em São Paulo, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Mas esse teto vale apenas até o fim deste ano.
Recentemente, o conselho curador do FGTS aprovou a prorrogação, por mais um ano, da possibilidade do uso de recursos do fundo para quitar até 12 parcelas atrasadas de financiamento imobiliário.
Antes, era possível utilizar o saldo do FGTS para cobrir apenas três prestações em atraso. A medida foi tomada na mesma época em que foi anunciado o aumento do valor do imóvel que poderia ser financiado com recursos do FGTS para estimular o mercado imobiliário.
Segundo o ministro, a princípio não está em discussão a mudança do limite de valor do imóvel que pode ser financiado com recursos. "Certamente, se analisado há uma boa possibilidade de ser prorrogado", destacou Meirelles em café da manhã com jornalistas.