O mercado imobiliário de São Paulo encerrou o primeiro semestre com expansão nas vendas e nos lançamentos de imóveis residenciais, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 15, pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
As vendas totalizaram 12.001 unidades no primeiro semestre, alta de 52,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado também foi o melhor desde o primeiro semestre de 2013, quando teve início da crise econômica nacional.
O volume de comercialização ficou perto da média histórica (calculada no período de 2004 a 2018) para um primeiro semestre, de 12,4 mil unidades vendidas. Na avaliação do Secovi-SP, esses números confirmam a trajetória de recuperação do mercado imobiliário da capital paulista, iniciada em 2017.
A pesquisa do sindicato mostra que a reação do mercado foi sustentada pelos imóveis econômicos. Os produtos que se destacaram nas vendas foram os imóveis de dois dormitórios, com área útil inferior a 45 m2, e na faixa de preço de até R$ 240 mil.
Esse tipo de moradia teve 4.786 unidades vendidas, o equivalente a 40% do total no primeiro semestre. No mesmo período de 2017, essa participação era de apenas 13%, com 1.005 unidades comercializadas.
Por sua vez, os lançamentos totalizaram 8.068 unidades no 1º semestre de 2018, avanço de 4,0% na comparação anual. Apesar dessa elevação, o volume de lançamentos ainda ficou 24% abaixo da média histórica de 10,7 mil unidades lançadas no primeiro semestre a cada ano na cidade de São Paulo.
Assim como ocorreu com as vendas, os imóveis econômicos foram determinantes para a reação do mercado. Essas moradias responderam por 35% do total de lançamentos no primeiro semestre deste, com 2.802 unidades. No mesmo período do ano passado, essa participação foi de 19%, com 1.510 unidades.
Lançamentos - O Secovi-SP revisou suas projeções para o mercado imobiliário residencial na capital paulista em 2018.A nova estimativa para as vendas é de alta em torno de 10% a 17% no ano, totalizando em torno de 25 mil a 27 mil unidades comercializadas. Para os lançamentos, a previsão é de uma queda de 8% a 10%, o que corresponde a cerca de 28 mil unidades lançadas.
No começo do ano, o sindicato previa que os lançamentos em 2018 deveriam permanecer estáveis em comparação com 2017. Por sua vez, a projeção para as vendas era de alta de 5% a 10%.