O valor líquido de vendas de imóveis deste ano, ou seja, o total de negócios fechados menos o de devoluções, já é 63% maior do que o registrado em todo o ano passado em Goiânia e Aparecida de Goiânia, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7) pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás. Em 2016, o mercado imobiliário girou R$ 1,1 bilhão contra R$ 1,8 bilhão até outubro de 2017. A expectativa é que o ano feche com R$ 2,3 bilhões.
A pesquisa aponta que a média das vendas por mês bruta é de R$ 292 milhões. Já em 2016, foi de R$ 224 milhões.
Outro ponto que reforça o otimismo do mercado é a queda de 41% no número de distratos, ou seja, de devoluções de imóveis, de 2017 em relação a 2016. Neste ano, foram 1.251 contratos cancelados contra 2.224 no ano anterior.
O vice-presidente da Ademi explica que vários fatores contribuem para a queda dos distratos. Porém, o principal motivo para a queda de devoluções é o a postura dos bancos de voltarem a conceder crédito.
“Em 2014, 2015, 2016 havia grandes empreendimentos sendo entregues, e os bancos mais restritivos na concessão do financiamento. Tivemos uma onda muito grande de distratos. Os bancos começaram a ser mais benevolentes e isso contribui para a queda dos distritatos, mas ainda é um cenário ruim. O valor de 41% ainda é alto”, avalia Razuk.
Aumento do metro quadrado - A queda nas vendas nos últimos anos associada ao alto índice de devoluções, principalmente de imóveis mais econômicos, acarretou uma redução de 23% no número de lançamentos em 2017. De acordo com a pesquisa, se a velocidade de vendas se mantiver e não houver novidades no mercado, o número de imóveis novos deve se esgotar em até 2 anos.
O aumento da procura com a baixa oferta deve valorizar o valor médio do metro quadrado na capital, que neste ano, é equivalente a R$ 5.127,26 e subiu apenas 4% em relação a 2016, quanto custava R$ 4.908,27. Para 2018, o setor estima um reajuste de até 12%.
“Esse ano, quem puder comprar, compre, não vai se arrepender, a expectativa de valorização vai ser bem maior nos próximos anos porque vai lançar, mas não com a velocidade dos anos anteriores, certamente”, opina Márcio Rodrigues Filho, diretor do Grupom, empresa responsável pelo levantamento.