O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu prorrogar, por mais um ano, a possibilidade de o trabalhador utilizar o saldo no fundo para quitar ou amortizar até 12 parcelas atrasadas de financiamento imobiliário. O benefício terminaria no fim deste ano. Antes, era possível utilizar esse dinheiro depositado no FGTS para cobrir apenas três prestações em atraso.
Segundo o secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS, Bolivar Tarragó Moura Neto, a medida tem como objetivo manter o estímulo ao setor imobiliário, assim como dar um fôlego financeiro para os mutuários que estão com parcelas atrasadas do financiamento imobiliário.
Outra medida de estímulo ao setor da construção foi a prorrogação, por mais um ano, da regra de transição para redução gradual do valor do imóvel que pode ser financiado pelo FGTS em algumas cidades brasileiras. O secretário-executivo disse que a iniciativa vai ajudar empresas que fecharam contratos, que ainda não foram concluídos, considerando o valor antigo do imóvel, o que era maior. No próximo ano segundo Moura Neto, o governo vai fazer um estudo detalhado sobre o valor do imóvel por região.
Sobre a operação para ajudar a Caixa Econômica Federal a se adequar as exigências de capital estabelecidas por Basileia, Moura Neto afirmou que o assunto foi retirado da pauta da reunião de ontem até que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça um parecer sobre o assunto. A ideia era transformar R$ 10 bilhões em dívidas com prazo de 15 anos do banco com o FGTS em bônus perpétuos - títulos sem vencimento. A transação também é alvo de discussão em projeto que tramita no Congresso Nacional.