(G1 – Economia – 18/12/2020)
No primeiro semestre deste ano, a região ficou na primeira posição no estado com o maior número de loteamentos. O retorno financeiro foi de mais de R$ 240 milhões.
O segmento imobiliário foi destaque este ano no noroeste paulista. Um dos fatores responsáveis pelo crescimento do setor foi a queda dos juros, que permitiu que muita gente investisse em imóveis. Outro fator importante, segundo especialistas, é a vocação da região para loteamentos.
No primeiro semestre deste ano, a região de São José do Rio Preto (SP) ficou na primeira posição no estado com o maior número de loteamentos.
Dados do Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis (SECOVI) mostram que 65 cidades pesquisadas na região lançaram um total de quase quatro mil lotes residenciais nesse período. O retorno financeiro também foi expressivo e atingiu R$ 247 milhões.
Grande procura
Nos primeiros seis meses do ano, a quantidade de lotes vendidos em Rio Preto superou o número de lotes lançados, atingindo também os estoques das loteadoras.
Segundo a coordenadora de vendas de uma urbanizadora da cidade, a empresa, que vendeu mais terrenos no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período do ano passado, não conseguiu atender toda a procura de clientes.
“Nós temos loteamentos hoje com fila de espera em Rio Preto. Pessoas procuram o seu imóvel aqui e nós não temos para atender”, destaca Ana Clara Mioranci.
Alternativa de investimento
A compra de terrenos também tem sido uma boa opção para quem busca novos investimentos financeiros.
Este foi o caso da microempreendedora Daniela Oliva, que apostou no setor imobiliário como estratégia para aumentar a renda.
“Foi um ótimo negócio. O setor da construção deu uma alavancada este ano e eu pretendo fazer disso uma renda”, afirma.
Segundo especialistas, o segmento de imóveis surgiu como uma alternativa de maior rendimento se comparado com as modalidades de investimento tradicionais.
“Aquelas pessoas que têm dinheiro investido na renda fixa ou até mesmo na poupança, que rende 70% da Selic, se viram em um momento em que o seu dinheiro não estava rendendo o tanto que desejavam. Então, em uma vontade de diversificar, procuraram investimentos imobiliários”, explica o economista Evandro Azevedo.