A Gafisa registrou prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 849,8 milhões em 2017, montante 27% menor do que o do ano anterior. Na comparação dos dois períodos, a receita líquida caiu 33,5%, para R$ 608,8 milhões.
Em relatório, a companhia informou que a venda líquida concentrada em projetos mais recentes e com menos evolução de obra “dificulta recuperação mais acelerada da receita”.
Os lançamentos da Gafisa caíram 39,8% no ano passado, para R$ 554 milhões. As vendas líquidas caíram 11,7%, para R$ 720,2 milhões. Os distratos foram reduzidos em 19,1%, para R$ R$ 411,7 milhões. As despesas gerais e administrativas tiveram queda de 13%, para R$ 92,7 milhões.
A Gafisa informou também que a Alphaville Urbanismo teve impacto negativo de R$ 314,3 milhões nos seus resultado. A companhia fez provisão para perda contábil da loteadora no valor de R$ 127,4 milhões, e o resultado da equivalência patrimonial nesse investimento ficou negativo em R$ 186,9 milhões.
Outro ajuste feito pela Gafisa, no valor de R$ R$ 147,3 milhões, se refere ao ‘impairment’ (redução ao valor recuperável) de unidades em estoque e de alguns terrenos.
No ano passado, a Gafisa gerou caixa líquido de R$ 104,2 milhões, sem considerar a entrada de recursos da operação da Tenda.