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Preços dos aluguéis caem 3,27% no Rio e 6,20% em São Paulo no ano

04/11/2020 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Extra – Economia – 04/11/2020)

 

Os preços dos aluguéis residenciais no Rio de Janeiro caíram 3,27% neste ano, até outubro. Em São Paulo, no mesmo período, o recuo foi de 6,20%, segundo dados apurados pelo Índice QuintoAndar. Na capital paulista, o valor médio do metro quadrado foi de R$ 35,46, no mês passado, enquanto no Rio foi de R$ 29,16.

Em comparação com o mesmo período de 2019, a queda do valor no Rio foi de 3,28%. Mas alguns bairros se valorizaram nos últimos seis meses: Pechincha (15,2%), Freguesia (15%), Jardim Oceânico (13,9%), Barra da Tijuca (13,1%) e Recreio dos Bandeirantes (9,6%). Todos são bairros mais afastados, que têm muitas casas, ressaltando a tendência de procura durante a pandemia.

Os bairros com os metros quadrados mais caros da cidade são: Ipanema (R$ 50,60), Leblon (R$ 45,30) e Flamengo (R$ 38), seguidos por Botafogo (R$ 36,50) e Lagoa (R$ 33,40).

— A pandemia foi a principal responsável pela queda no preço do aluguel, mas no Rio de Janeiro, por exemplo, observamos que o preço do metro quadrado vem caindo desde julho de 2019. Em São Paulo, foi o contrário, antes do isolamento social, o valor do aluguel aumentou — explicou Fernando Paiva, gerente sênior de Data Analytics do QuintoAndar.

Na capital paulista, o preço do aluguel caiu 6,08% até outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Os bairros que mais valorizaram nos últimos seis meses foram: Vila Carrão (15,8%), Jardim Anália Franco (10,7%) e Vila Andrade (8,3%), seguidos por Butantã (7,5%) e Mandaqui (5,5%).

Entre os bairros mais caros, por metro quadrado, estão: Vila Olímpia (R$ 55,40), Vila Nova Conceição (R$ 52,20) e Pinheiros (R$ 48,50), seguidos por Santo Amaro (R$ 46,50) e Vila. Madalena (R$ 46).

— A pandemia trouxe uma nova relação com a casa. Por conta do novo estilo de vida imposto pelo isolamento social, as pessoas estão buscando imóveis mais amplos, em ruas mais tranquilas, o que explica a maior procura e, consequentemente, valorização dos bairros mais afastados dos grandes centros comerciais, como aponta o estudo. Essa é uma tendência que observamos tanto em São Paulo quanto no Rio — afirma Gabriel Braga, presidente do QuintoAndar. 

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