O Índice FipeZap – que monitora o comportamento do preço de venda de imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras a partir de anúncios– encerrou julho próximo da estabilidade, com pequena queda de-0,07% em relação a junho. Os preços não foram capazes portanto sequer de acompanhar a inflação do IPCA, calculada pelo IBGE, que de acordo com o Boletim Focus do Banco Central deve ficar em 0,30% em julho.
No acumulado do ano, até julho, o preço médio de venda residencial recuou 0,23%, em termos nominais, o que corresponde a uma queda real de 3,05%, considerando a inflação acumulada de 2,91% no período pelo IPCA. Em 12 meses, o Índice FipeZap aponta recuo nominal de 0,38% no preço médio de venda de imóveis residenciais, para um IPCA estimado em 4,45%, o que representa uma perda real de 4,62%.
Em julho, o comportamento dos preços residenciais não foi homogêneo entre as cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. Avaliadas individualmente, apenas 5 das 20 cidades monitoraras registraram aumento mensal de preço acima de +0,1%, com as altas mais expressivas observadas em: Goiânia (+0,40%), Distrito Federal (+0,40%) e Contagem (+0,38%). Entre as 8 cidades monitoradas que apresentaram queda nominal no preço inferior a -0,10% em julho, os recuos mais expressivos foram notados em: Niterói (-0,54%), Rio de Janeiro (-0,46%) e Curitiba (-0,44%). Os preços residenciais de venda nas demais cidades (7 no total) permaneceram próximos da estabilidade,com variações mensais entre+0,10%e -0,10%. São Paulo teve alta de 0,26% no mês, acumulando 1,42% no ano e 2,18% em 12 meses.
No ano, 10 das 20 cidades monitoradas registraram queda nominal no preço de venda residencial (inferior a 0,10%), entre elas: Rio de Janeiro (-2,46%), Niterói (-2,12%) e Fortaleza (-0,88%). Já entre as 10 cidades com variação no preço acima de 0,10%, a alta acumulada foi mais expressiva: em São Caetano do Sul (+2,49%), São Paulo (+1,42%) e Vila Velha (+1,40%). Em Santo André, Curitiba e Campinas, os preços residenciais de venda permanecem próximos da estabilidade em 2018 (nominalmente), com variações de preço entre -0,10%e +0,10%.
Em 12 meses, 9 das 20 cidades pesquisadas apresentaram queda nominal no preço, entre as quais vale citar: Rio de Janeiro (-4,57%), Niterói (-3,06%) e Santos (-2,54%). Considerando aquelas cidades em que houve aumento nominal do preço médio, as maiores variações foram registradas em Florianópolis (+3,11%), São Caetano do Sul (+2,99%) e Vitória (2,28%). Finalmente, os preços ficaram praticamente estáveis nos últimos 12 meses em Campinas (+0,05%) e Porto Alegre (+0,05%).
Vale ressaltar que todas as cidades monitoradas apresentaram variação de preço inferior à inflação acumulada no período, de 4,45%).
O preço médio de venda residencial em julho dos imóveis residenciais nas 20 cidades monitoradas foi de R$ 7.534/m². Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o metro quadrado (m²) mais elevado do país (R$ 9.512/m²), seguida por São Paulo (R$ 8.797/m²) e Distrito Federal (R$ 7.785/m²). Já as cidades monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m² foram Contagem (R$ 3.512 /m²), Goiânia(R$ 4,151m²) e Vila Velha (R$ 4.704/m²).