(DCI – Negócios – 14/05/2019)
Paula Cristina
A participação dos investidores na compra de imóveis residenciais seguiu abaixo da média histórica no primeiro trimestre deste ano, respondendo por 37% dos entrevistados que fizeram negócio nos últimos meses.
Os dados foram divulgados hoje pelo Raio X do mercado imobiliário, compilado por meio do Ìndice FipeZap. Segundo a pesquisa a maioria dos compradores (63%) declarou intenção de usar o imóvel adquirido para moradia. Entre os que adquiriram recentemente como forma de investimento, houve particular interesse na obtenção de renda com aluguel do imóvel adquirido (54%) ao passo que 46% planejam revender o bem.
Preços e descontos - No que diz respeito aos preços cobrados, 70% dos vendedores deram algum tipo de desconto para consolidar a venda. O número fica em linha com os 69% registrado no último trimestre do ano passado. “Vale lembrar que, a despeito da estabilidade, o percentual calculado para o último trimestre (70%) se equiparou ao teto da série histórica da pesquisa, registrado em meados de 2016 (70%)”, dizia o relatório. O percentual médio negociado foi de 12%
Sob o olhar do comprador, 56% acreditam que os preços atuais estão altos ou muito altos, 28% que estão em nível razoável e 14% entendem como baixos ou muito baixos. À titulo de comparação, no 1º trimestre de 2016 cerca de 73% dos entrevistados achavam que o preço estava alto ou muito alto. Entre os que avaliavam como baixo ou muito baixo eram, à época, 6%.
Sobre o comportamento dos preços do metro quadrado (m²) para o futuro, 28% entendem que ainda vão subir nos próximos 12 meses, enquanto 43% apostavam na estabilidade e 14% em queda nos preços no curto prazo. A expectativa média de variação dos preços dos imóveis para os próximos 12 meses manteve-se praticamente estável entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2019, indicando alta nominal de 1,0% para 2019.