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Objetivo é vender o máximo possível de imóveis da União, diz Salim Matar

09/08/2019 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(G1 – Economia – 09/08/2019)

Luísa Melo

O secretário de desestatização, Salim Mattar, disse nesta quinta-feira (8) que o objetivo do governo é repassar "o máximo possível" de imóveis para a iniciativa privada. Segundo ele, a União tem hoje R$ 760 mil imóveis. "O estado brasileiro talvez seja a maior imobiliária do mundo", afirmou.

O secretário disse que, recentemente o Ministério da Infraestrutura cedeu 44 mil imóveis da rede ferroviária para serem vendidos, o INSS entregou outros 4,4 mil e o Ministério da Agricultura, 10,4 mil. "Quando me chamam para tomar café, já sei que é imóvel", afirmou.

Salim Mattar disse as vendas devem ser feitas "por atacado" e que há oito modelos diferentes, dos quais dois estão sendo testados atualmente.

Ele afirmou que o governo não deve conseguir vender "tantos assim" durante o mandato de Jair Bolsonaro, mas que criará uma modelagem para as próximas administrações. "Será um legado, um pipeline de como vender imóveis", disse.

Mattar também afirmou que, na hora certa, os bancos públicos começarão a vender ativos.

Concessões em infraestrutura - O secretário participou de evento organizado pelo banco BTG Pactual, em São Paulo. No mesmo painel, esteve presente também o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

O ministro disse que o Brasil tem atualmente "o maior programa de concessão do mundo."

Ele citou leilões realizados recentemente, como da Ferrovia Norte-Sul e de aeroportos, e disse que os investidores "confiam no Brasil, confiam no que está por vir".

E garantiu que há interessados para os ativos que o governo quer conceder à iniciativa privada. "Nossos ativos são bons, a remuneração é interessante e estamos removendo riscos", afirmou, citando mudanças em relação ao risco ambiental e um instrumento que permite que as empresas utilizem a outorga variável de projetos para "hedgear" câmbio (operações para proteção contra fortes oscilações nos preços).

Freitas disse também que há diversas obras em andamento em rodovias e que a da Transnordestina deve voltar a andar ainda neste ano. 

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