(Jornal Hora Extra – Economia – 02/10/2019)
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou recentemente redução para 5,5% na taxa básica de juros do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), o que deve diminuir a rentabilidade de investimentos em renda fixa, como poupança e títulos. Então qual a melhor estratégia de investimento para o momento atual? De acordo com Ronaldo Dantas, executivo do mercado imobiliário, este é o momento para comprar imóveis.
O especialista, que está há 11 anos no mercado imobiliário, é um dos 24 palestrantes do MB Summit Brazil, congresso direcionado aos corretores imobiliários que começa hoje e segue até amanhã, dia 2 de outubro, em Goiânia. Dantas explica que a Selic é umas das taxas balizadoras para definir o preço do crédito dos financiamentos bancários. Quanto menor a taxa Selic, menor os juros, menor as prestações. “O mercado imobiliário depende de crédito, principalmente porque o valor da compra é muito alto”, frisa.
O especialista ressalta que hoje a taxa de juros permite que o consumidor tenha prestações até três vezes mais baratas do que há dois anos, aumentando o poder de compra do consumidor. “Quem aproveitar as taxas de juros baixas e com as oportunidades do mercado vão se dar bem porque, com absoluta certeza, o preço no ano que vem vai disparar e muita gente vai perder a oportunidade que está tendo agora de comprar por um preço mais baixo”, alerta Ronaldo.
Investidores - Outro perfil de consumidor que deve voltar para o setor imobiliário é investidor. Ronaldo lembra que em 2017, a taxa Selic estava 14,25%, adequada para quem aplicava dinheiro em renda fixa, devido a boa rentabilidade, mas ruim para quem queria financiar imóvel. “Nesse período, as pessoas preferiam morar de aluguel, aplicar o dinheiro e, com a própria rentabilidade, pagar o aluguel. Só que agora essa situação inverteu. Com a queda da taxa, o aluguel está subindo”, relembra.
Para o especialista, os imóveis tendem a valorizar devido ao aumento da demanda que deve crescer por causa do aumento do poder de compra do consumidor, pressionando os preços do imóveis para cima e reacendendo a valorização imobiliária.