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Lançamentos imobiliários crescerão 24%, diz Brain

08/04/2021 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Valor Econômico – Economia – 08/04/2021)

Chiara Quintão 

 

Apesar da piora do ambiente macroeconômico, os lançamentos imobiliários deverão ter expansão de 24%, neste ano, para 1.066 empreendimentos, segundo levantamento realizado pela consultoria Brain Inteligência Estratégica. A pesquisa foi feita em março, com 338 incorporadoras de todo o país. Juros baixos, apesar da alta recente da Selic, e disponibilidade de crédito justificam a expectativa, na avaliação do sócio-diretor da Brain, Fábio Tadeu Araújo.

No entendimento do sócio da Brain, as vendas terão crescimento em patamar menor do que o dos lançamentos, pois parte dos projetos que seriam apresentados em 2020 ficou para este ano devido a atraso na obtenção de licenças e incertezas decorrentes da pandemia de covid-19. “Acredito que as vendas poderão aumentar de 10% a 15%”, diz.

Segundo o levantamento, 64% das empresas informaram expectativa de que a comercialização de imóveis, neste ano, vai superar a de 2020. Vinte e nove por cento das entrevistadas esperam manutenção dos patamares do ano passado.

Trinta e quatro por cento das entrevistadas se disseram otimistas em relação ao ano de 2021, e 46% informaram estar levemente otimistas. “Essa expectativa poderá ser afetada se houver piora das vendas a partir deste mês”, diz o sócio da Brain. Do total, 18% não está nem otimista nem pessimista, 1% disse estar levemente pessimista e 1% informou pessimismo.

Em relação às dificuldades deste ano, os principais itens apontados foram alta de preços dos materiais de construção, pandemia, burocracia, incertezas da economia e desemprego.

Conforme outra pesquisa da Brain, as vendas de apartamentos cresceram 12%, no ano passado, para R$ 80,6 bilhões. Nas capitais, houve expansão de 17%, para R$ 59,5 bilhões. Já no interior, a comercialização ficou estável em R$ 21,1 bilhões. A participação de investidores no total vendido cresceu 8%, para R$ 16,2 bilhões. Foi registrado aumento de 21%, nas capitais, para R$ 14,8 bilhões, mas queda de 52% no interior, para R$ 1,4 bilhão. Investidores responderam por 20% da comercialização total, por 24,9% das vendas nas capitais e por 6,4% no interior.

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