O mercado imobiliário brasileiro tende a crescer 10% neste ano, na avaliação do economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. "Os lançamentos e vendas de imóveis terão crescimento de 10%. Já sentimos a reação de alguns mercados, como São Paulo e Distrito Federal", diz Petrucci, que participou, ontem, da posse da nova diretoria da entidade. Petrucci afirmou que as perspectivas para o setor imobiliário são "muito boas", considerando-se a expectativa de crescimento da economia do país, independentemente das eleições, do que ocorrerá com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ser um ano de Copa do Mundo, e ressaltou que o setor terá recursos de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiamento. Para o economista, embora os lançamentos de imóveis tenham crescido na capital paulista, no ano passado, o mercado nacional ainda apresentou queda.
De janeiro a novembro de 2017, as vendas de imóveis residenciais novos aumentaram 32,8%, para 18.660 unidades, enquanto os lançamentos tiveram alta de 19,3%, para 19.984 unidades, segundo a entidade. O Secovi-SP irá apresentar os números consolidados de São Paulo no dia 20. Ontem, o presidente do Secovi-SP, Flávio Amary, defendeu a regulamentação dos distratos e a Letra Imobiliária Garantida (LIG). "Precisamos ter calibragem dos planos diretores. É preciso que a produção imobiliária de São Paulo volte a ser viável", disse Amary, durante a cerimônia de posse de seu segundo mandato como presidente da entidade, o qual vai até 2022.
Em seu discurso, o presidente solicitou ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), presente no evento, que o seu partido, além de fechar a questão da aprovação da reforma da Previdência, deve garantir o apoio da integralidade dos parlamentares em favor da mudança. Amary ressaltou que o pedido estava sendo feito a Alckmin enquanto presidente do PSDB e não como governador. "Outro ponto importante, e falo agora também ao pré-candidato a presidente da República, é que, depois da reforma da Previdência, temos de diminuir o custo do país. A bandeira que temos de levantar é a da reforma do estado. Não podemos ter uma quantidade de ministérios que não cabe na Esplanada", disse Amary. Segundo ele, o Secovi-SP faz parte de grupo de entidades do setor que apoia as reformas.