O baixo volume de ofertas de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) está causando uma “briga” entre gestores de fundos de investimento imobiliário. Para não ficar de fora das operações de CRIs que chegam ao mercado e fazer frente às grandes assets, alguns gestores estão se reunindo em “club deals” (grupos de negócios) e, em certos casos, analisando rapidamente estruturas para levar os papéis. Com isso, tem havido certa compressão nos preços dos CRIs, que nem sempre espelham fielmente o risco implícito e as garantias dadas. Em uma outra possibilidade, gestores com necessidades de alocações menores estão indo diretamente às incorporadoras e loteadoras para negociar alocação de CRIs.
Caça aos ativos - Dois fatores alimentam a corrida. Um deles é a percepção de que o setor imobiliário sai do fundo do poço, dada a grande correlação com a recuperação da economia. Tem, portanto, ótimo potencial de retorno aos investidores. O segundo é a queda da taxa Selic, que retirou gestores do conforto dos títulos do Tesouro e os empurram para diversificar investimentos se quiserem segurar clientes em seus fundos. Uma casa de gestão de fortunas relata que em torno de R$ 10 milhões ficam disponíveis diariamente para serem alocados, como resultado de vencimentos de outros investimentos. Ou seja, é dinheiro que precisa ser “trabalhado”.
Muito bom - Os CRIs têm a seu favor, como opção de investimento para os fundos imobiliários, um retorno melhor do que outros papéis nos quais é permitido aplicar os recursos, como debêntures, ações e notas promissórias do setor imobiliário.