(Valor Investe – Fundos Imobiliários – 06/06/2019)
Naiara Bertão
Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) são vistos como uma alternativa de investimento para quem gosta de imóveis, mas não quer a trabalheira de cobrar os inquilinos, fazer a manutenção dos prédios ou lidar com calotes.
No dia 31 de maio, o valor somado dos 184 fundos imobiliários negociados em bolsa somou R$ 48,2 bilhões, o maior já visto no mercado brasileiro, de acordo com levantamento da empresa de dados Economatica.
Se comparado com o fim de 2018, o preço das cotas dos fundos, como um todo, cresceu 7,3%. Em um intervalo ainda maior de tempo, a valorização impressiona mais.
No final de 2010, por exemplo, o valor de mercado dos FIIs era de R$ 7,3 bilhões, o que representa aumento de 553,9%.
Em número de cotas, no dia 31 de maio de 2019 o mercado de FIIs tinha 1,03 bilhão de cotas emitidas, também um recorde para o mercado local. Em 2010, o segmento tinha 276 milhões de cotas.
Claro que é normal que, com novos FIIs e emissões secundárias, esse número aumente.
Liquidez - Até mesmo o volume de negócios (compra e venda), que dita a liquidez do investimento, aumentou.
No ano de 2010, foram negociados 42 FIIs com pelo menos um negócio durante o ano. Já este ano, até o dia 31 de maio, foram 135 FIIs com pelo menos um negócio realizado, segundo a Economatica.
Rendimento - O rendimento pago por esses fundos via dividendos (o chamado 'dividend yield') subiu um pouco este ano, depois de ter caído em 2017 e 2018.
A mediana do 'dividend yield' dos FIIs foi de 7,43% no fim do mês passado. Veja a evolução.
A amostra considera os FIIs ativos atualmente e os cancelados na B3, bolsa de valores, até a data de negociação. Também só foram avaliados os fundos que tiveram um volume financeiro médio diário em 2019 superior a R$ 100 mil por dia e presença em, no mínimo, 90% dos pregões.
Atualmente são negociados 184 FIIs na B3, sendo 160 no mercado tradicional e 24 no mercado de balcão organizado.