Focada em alguns bairros das zonas Oeste e Sul da cidade de São Paulo, a paulistana Exto Incorporação e Construção aproveita o momento de retomada do mercado imobiliário e projeta lançar, em 2018, seu maior Valor Geral de Vendas (VGV) anual, de R$ 610 milhões, depois de ter apresentado R$ 500 milhões em 2017.
"Acredito que o mercado vai melhorar com a combinação de ânimos mais otimistas e carência de lançamentos imobiliários nos últimos anos", afirma o presidente da incorporadora, Roberto Matos. Neste ano, a empresa lançará dois projetos para os padrões médio-alto e alto, um com VGV de R$ 450 milhões e outros com R$ 80 milhões cada.
Nos últimos anos, a média de lançamentos da Exto ficou entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões. Segundo Matos, o VGV de 2017 e o projetado para este ano não significam mudança de tamanho da empresa, mas o aproveitamento de oportunidades de terrenos adquiridos que permitem lançamentos maiores. "A meta é manter o VGV entre R$ 400 milhões e R$ 450 milhões", conta o executivo.
Neste ano, a Exto vai apresentar seu maior projeto - com VGV de R$ 450 milhões -, em terreno comprado da concessionária Caraigá, na Marginal Pinheiros, em frente à Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira. O lançamento das duas torres do empreendimento está previsto para o fim do primeiro semestre, e o preço estimado por metro quadrado é de R$ 11 mil. "Temos expectativa de demanda pelas unidades até pelo Parque Global não ter saído", diz Matos.
O Parque Global é um projeto da Benx Incorporadora e da Related Brasil que começou a ser lançado na zona Sul de São Paulo em outubro de 2013. No ano seguinte, o projeto foi embargado por liminar do Ministério Público resultante de questões ambientais.
Dos lançamentos do ano passado, o Clock, projeto desenvolvido na Vila Romana em terreno que pertenceu à fabricante de papéis Melhoramentos, respondeu por R$ 330 milhões. Matos conta que metade do empreendimento foi vendida no primeiro mês de lançamento. "Esperávamos vender 50% em seis meses", diz. Segundo o presidente da Exto, o preço por metro quadrado das unidades é de R$ 13,3 mil, ante a média da Vila Romana de R$ 11,5 mil a R$ 12 mil.
Matos afirma ter expectativa que possa haver valorização dos apartamentos do Clock. O executivo compara que, em um dos prédios da Exto localizados na mesma região, o preço de revenda está em R$ 16 mil por metro quadrado.
O Clock abrange duas torres de alto padrão, com unidades de 145 metros quadrados, 175 metros quadrados e 221 metros quadrados. Há três opções de plantas, e o comprador pode comprar um "pacote prime", que inclui acabamento da unidade. De acordo com Matos, 90% das aquisições já realizadas foram feitas por consumidores finais.
Do terreno com o total de 11,4 mil metros quadrados, a Exto comprou, há seis anos, 8,7 mil metros quadrados para desenvolver o Clock. O restante da área pertence à Melhoramentos, onde funcionam os escritórios da empresa.