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Estudo destaca ‘oportunidades’ imobiliárias

26/09/2018 / Categorias Mercado imobiliário

A Saber Fazer Marketing & Negócio, especializada em inteligência do mercado imobiliário, apresentou um estudo sobre o déficit habitacional e as oportunidades para o mercado imobiliário diante do desafio de prover moradias nas mais diversas cidades do Estado de São Paulo e da Região Metropolitana de Campinas.

Especialista em marketing, inteligência do mercado imobiliário da empresa, Eli Gonçalves, disse que foi criado um conceito novo chamado “Fator Oportunidade”, um coeficiente formado pela participação percentual da cidade no déficit habitacional de todo o Estado dividido pela participação percentual da cidade na vacância habitacional de todo o Estado.

Segundo ele, o índice é baseado na clássica lei da oferta e da demanda: quanto maior a participação no déficit (demanda) e menor a participação na vacância (oferta) maior é o fator oportunidade para explorar a região avaliada.

"Todos os agentes do setor imobiliário e da construção civil podem se beneficiar, pois todos podem se planejar em suas respectivas atividades sobre que frente de negócios vão explorar com maior dedicação baseado nesses estudos que mostram os tamanhos desses déficits, ou mesmo, esses do fator oportunidade ao longo de diversas cidades e por variadas faixas de renda” disse Gonçalves. “A administração pública, por sua vez, consegue planejar melhor a sua política habitacional", explica.

Os dados brutos são oriundos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação João Pinheiro. "A gente pega essas informações trata internamente, gera novos cálculos e consegue chegar a esse ranking", diz Gonçalves. Segundo ele, observando a relação dupla entre alta demanda e baixa oferta se destacam no ranking fator oportunidade as cidades paulistas de Santa Bárbara d'Oeste, na 31ª posição; Cosmópolis, na 41ª posição e Hortolândia na 47ª posição dentre os 645 municípios.

Analisando o fator oportunidade para Campinas e levando em conta todas as faixas de renda, o município ocupa a posição 134 em SP e está no top 25% do fator oportunidade. "Quando a gente olha esse fator oportunidade para Campinas, por faixa de renda, a gente percebe algumas nuances. A melhor posição de Campinas no fator oportunidade está na camada que ganha mais de 10 salários mínimos.” Nesta faixa, destaca Gonçalves, o fator oportunidade coloca Campinas na posição número 17 das 645 cidades, a melhor posição da cidade dentre as diversas faixas de renda nesse ranking fator oportunidade.

Em outro caso, no de Jundiaí, foi observado um fato curioso: a cidade está no ranking do fator oportunidade com faixa de renda superior a 10 salários mínimos está na posição de número 10. No entanto, em função da crise econômica, a classe média local se retraiu bastante em aquisições. “Apesar do alto potencial, na prática entre os anos de 2015 e 2017, as compras de imóveis para esse público se retraíram consideravelmente e foi se recuperar recentemente", diz.

No ranking do fator oportunidade para a faixa superior a 10 salários mínimos, duas cidades da região metropolitana de Campinas (RMC) também se destacam: Pedreira, em 16ª, e Paulínia, em 6ª, posições entre os municípios paulistas.

A cidade de Jaguariúna teve destaque no ranking de déficit habitacional ligado a demanda em todas as faixas de renda, ocupando a 18ª posição no Estado. A cidade também aparece como melhor colocada na RMC no déficit habitacional de zero a três salários mínimos, ocupando a 4ª posição no estado. As outras duas cidades da RMC que se destacam nesta faixa popular de renda são Paulínia em 7º lugar e Indaiatuba na 8ª posição. 

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