(DCI – Serviços – 22/11/2018)
Paula Cristina
Ainda que tenha apresentado uma leve reação na margens nos últimos meses, o emprego na construção civil segue deteriorado no acumulado do ano. O movimento de encolhimento, que tem se mostrado mais fraco mês a mês, indica que a retomada do setor ficará mesmo para 2019.
Em setembro foram realizadas 15.162 contratações, o que levou o estoque de trabalhadores para 2.375.409. Na comparação com setembro de 2017, houve queda de 0,08% (-1.952). “Embora o emprego na construção tenha se elevado nos últimos meses, na média do acumulado deste ano contra o mesmo período do ano anterior ainda mostra queda”, diz o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
Os números, que foram mapeados pela entidade em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta po outro lado uma diminuição na pressão do desemprego no setor. “Isto parece indicar uma proximidade maior do fim da crise. Em função do aumento das vendas e lançamentos imobiliários, esperamos que em 2019 uma retomada mais consistente do emprego no setor”, comenta o presidente.
Em setembro, na comparação com agosto, quase todos os seguimentos registraram alta, sendo as maiores em: Engenharia e Arquitetura (1,32%), Obras de instalação (1,08%) e Infraestrutura (0,78%). A exceção foi Incorporação de imóveis com variação de -0,08%.
Na análise de 12 meses, apenas Engenharia e Arquitetura e Obras de instalação obtiveram crescimento de 6,06% e 4,76%, respectivamente. As maiores baixas foram em Obras de acabamento (-3,01%), Imobiliário (-2,12%) e Incorporação de imóveis (-2,14%).
Estado - Em São Paulo, em setembro, houve variação positiva de 0,06% no emprego ante ao mês anterior (365 contratações). O estoque de trabalhadores foi de 648,5 mil em agosto para 648,8 mil em setembro. Em 12 meses, o índice segue negativo e chegou a -8.319 (-1,27%).
Na capital paulista, 43% do total de empregos no setor no estado, houve queda de 0,05% em setembro ante agosto (-154 vagas). Em 12 meses, a variação foi negativa em -1,96% (-5.615 vagas). Nas Regionais as maiores altas foram em Bauru (1,62%), Santo André (1,09%) e Campinas (0,58%). E as piores Sorocaba (-1,15%) e São José dos Campos (-0,43%).