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19/10/2020 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Época – economia – 19/10/2020)

 

João Sorima Neto

 

Em março, o desânimo tomou conta do mercado imobiliário. Manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro faziam ataques ao Judiciário e ao Legislativo. Alguns falavam em golpe. O país, assustado, vivia os primeiros tempos de quarentena para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. O futuro parecia muito mais incerto do que de costume. Nesse clima, as buscas por imóveis cessaram e os estandes dos lançamentos fecharam. Pior: quem tentava olhar para a frente só via um cenário de terra arrasada. Nas contas da Fundação Getulio Vargas, a construção civil poderia encolher 11% até dezembro, uma péssima previsão para um setor que tinha tirado a cabeça da água em 2019 com um crescimento tímido de 1,6% após cinco anos de retração.

Quatro meses depois começaram a surgir sinais positivos. Em julho, houve um aumento de 58% nas vendas de novas unidades por todo o país na comparação com o mesmo mês de 2019, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), que reúne as principais incorporadoras do país. Em agosto, mais boas notícias. O acumulado das vendas dos oito primeiros meses de 2020 teve um crescimento de quase 17% em relação ao mesmo período do ano passado. O Rio de Janeiro registrou o melhor agosto dos últimos quatro anos para a venda de imóveis, segundo um estudo da imobiliária Apsa e do Secovi, que agrega empresas do setor. Na Barra, Zona Oeste da cidade, um residencial recém-lançado surpreendeu pela velocidade das vendas. Em dois meses, todas as 22 unidades, com preços entre R$ 900 mil e R$ 1,2 milhão, foram arrebatadas. “A recuperação de nosso setor está sendo em formato de V. Caímos, mas estamos voltando”, disse Luiz França, presidente da associação das incorporadoras.

Em São Paulo, foram concedidas 973 autorizações para novos empreendimentos verticais nos 12 meses encerrados em setembro, a maior quantidade desde 2000. A incorporadora Setin, que constrói imóveis para as rendas média e média-alta, planejou a divulgação para março de um empreendimento na Praça da República, região central da cidade. Uma torre de 25 andares, com 342 moradias para todos os gostos: de estúdios de 20 metros quadrados a apartamentos de três quartos. Veio a pandemia, e os planos foram por água abaixo. “Pensamos em adiar o lançamento para 2021. Quando reabrimos o estande, em 30 dias já tínhamos vendido 80% dos imóveis”, contou Evanilson Bastos, diretor da Setin. A Moura Dubeux, maior incorporadora do Nordeste, vendeu R$ 317,5 milhões em imóveis no segundo trimestre, um crescimento de mais de 250% em relação ao mesmo período do ano passado. “Quando a pandemia chegou, ninguém imaginava uma alta no mercado imobiliário como a que estamos vendo”, disse Eduardo Zylberstajn, coordenador da pesquisa FipeZap, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), de São Paulo.

De uma hora para outra, famílias de todas as regiões do país começaram a se perguntar, por diferentes razões, se 2020, este ano totalmente fora do normal, não seria o momento certo para comprar um imóvel. Para muita gente, o confinamento tem sido um fator decisivo. 

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