(Valor Econômico – Economia – 11/12/2020)
O programa habitacional responderá por metade das unidades e 40% do Valor Geral de Vendas
Chiara Quintão
A MRV planeja ser uma incorporadora de 80 mil apartamentos por ano e com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 17 bilhões, em 2025, segundo Rafael Menin, copresidente. O programa habitacional - pelo qual a MRV se tornou a maior incorporadora do país - responderá por metade das unidades e 40% do VGV.
O restante estará distribuído entre o segmento financiado com recursos de poupança (R$ 5,3 bilhões), a subsidiária do grupo na área de loteamentos Urba (R$ 600 milhões) e a americana AHS (R$ 5,2 bilhões).
Durante o MRV Day, Menin informou que o mercado imobiliário pretende dobrar de tamanho, nos próximos anos, e a companhia está preparada para essa mudança. Ele reiterou que a empresa está ampliando a área de atuação - na quarta-feira, anunciou a criação da Sensia, subsidiária para média renda.
Segundo o outro copresidente, Eduardo Fischer, a MRV tem o desafio de sair da quinta para a primeira colocação na cidade de São Paulo, busca que está sendo chamada, internamente, de “Projeto 51”. Não há um prazo estimado para isso. “Somos líderes de mercado, no Brasil, mas não na cidade de São Paulo”, disse. Fischer afirmou que a MRV teve um 2020 “muito bom”, na capital paulista, sem “tanta pressão por aumento de preços de terrenos”.
A MRV está caminhando para a terceira geração de processos construtivos, de acordo com Fischer. O mais novo, com piloto em Campinas, é um processo a partir de formas de plástico. “A MRV está na vanguarda processos construtivos”, disse o copresidente. A nova tecnologia possibilita redução de dois meses das obras e uso de menos mão de obra.
Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Ricardo Paixão, a MRV continuará a pagar 50% do lucro líquido como dividendos. Ele disse que, neste ano, não houve dividendos extraordinários devido à pandemia. “Mas nada impede um novo pagamento de dividendos no primeiro ou no segundo trimestre de 2021”, afirmou. Segundo Paixão, a MRV espera lucros bruto e líquido, no próximo ano, acima dos de 2020.