A Rossi Residencial, que está revisando sua estratégia de lançamentos para os próximos anos, apresentou, no terceiro trimestre, seu primeiro projeto desde o quarto trimestre de 2014. Trata-se de loteamento desenvolvido pela unidade de negócios Entreverdes Urbanismo, em Campinas (SP), com Valor Geral de Vendas (VGV) próprio de R$ 14 milhões. Incluindo a participação de sócios no projeto, o VGV chega a R$ 45 milhões.
Considerando-se somente a parte própria nos projetos, a Rossi tem terrenos para lançamentos até o próximo ano com VGV potencial de R$ 1,5 bilhão. As áreas para desenvolvimento de longo prazo somam VGV potencial de R$ 3,2 bilhões. Há também terrenos com potencial de R$ 1,3 bilhão disponíveis para venda ou cancelamento do contrato de permuta.
No trimestre, a incorporadora comprou dois terrenos – em Campinas e Sumaré (SP) – com VGV potencial de R$ 299 milhões. A Rossi vai desenvolver loteamento em uma das áreas e um projeto econômico na outra. A companhia vendeu R$ 10 milhões em terrenos no trimestre e R$ 61,4 milhões em nove meses.
De julho a setembro, as vendas líquidas da Rossi caíram 40,3%, para R$ 12,3 milhões. Os distratos foram reduzidos em 1,7%, para R$ 135,3 milhões. Em relatório, a Rossi informou que o fim da parceria com a RB Capital teve impacto de R$ 44 milhões nos distratos do trimestre. No fim de junho, a Rossi informou que quitou dívida de R$ 110 milhões com a gestora por meio de dação de imóveis prontos.
Em relatório, a Rossi afirma que segue com seu plano de restruturação e que se mantém confiante na retomada do setor. A incorporadora diminuiu seu quadro de funcionários em 73% desde 2014.
A Rossi baixou seu prejuízo líquido em 2,7%, no terceiro trimestre, na comparação anual, para R$ 156 milhões. A receita líquida caiu 69,3%, para R$ 42,9 milhões. A Rossi teve margem bruta negativa de 114,3%, ante o indicador positivo de 0,1% registrado no terceiro trimestre do ano passado. O prejuízo financeiro foi reduzido em 23,2%, para R$ 47,9 milhões.
Já o prejuízo líquido da Even Construtora e Incorporadora mais do que dobrou no terceiro trimestre, na comparação anual, para R$ 25,6 milhões. Segundo a empresa, distratos de R$ 118 milhões com margem bruta consolidada de 43,5% tiveram impacto negativo sobre o resultado líquido. A empresa informa que tem expectativa de queda no volume de distratos, neste ano, ante 2016.
A receita líquida da incorporadora cresceu 35%, para R$ 488 milhões. A margem bruta caiu de 20,4%, no mesmo trimestre de 2016, para 18,8% de julho a setembro. O resultado financeiro subiu 33%, para R$ 12,8 milhões.
A Even gerou caixa de R$ 140 milhões no trimestre. No fim de setembro, a alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 56,7%.
Em relatório, a incorporadora informou que já tem terrenos para um ano e meio de lançamentos nos mercados em que atua. No terceiro trimestre, a Even comprou três terrenos em São Paulo. Há previsão de elevar lançamentos antes os últimos dois anos, mas isso depende, segundo a empresa, do desempenho de venda de lançamentos e de estoques, principalmente, prontos.