A demanda pela locação de imóveis registrou um crescimento de 13% no país entre janeiro e novembro de 2017 em comparação ao mesmo período de 2016, em todo país, de acordo com levantamento do Grupo Zap Viva Real. Embora a pesquisa tenha registrado alta na procura por aluguel, no mesmo período os preços caíram, segundo mostra o índice FipeZAP Locação. Só no Rio, os imóveis residenciais cariocas para locação ficaram 8,49% mais baratos no ano passado, e o mês de novembro a taxa registrou o seu sexto recuo consecutivo.
Negociações de valores - O estudo também verificou uma tendência de negociação dos valores. De acordo com o levantamento, o preço final do aluguel foi mais baixo para 39% dos respondentes e o desconto médio concedido foi de 11%. Além disso, fiador e caução ainda são as formas de garantia mais usadas (47% e 21%, respectivamente). A busca por um imóvel na categoria locação demorou até 3 meses para 85% das pessoas ouvidas pelo ZAP.
“Embora essa tendência ainda não reflita no aumento dos preços, como aponta o índice FipeZAP Locação, isso pode mudar nos próximos semestres. Afinal, o crescimento na procura deve elevar o valor dos aluguéis e atrair investidores interessados na rentabilidade que o aluguel pode proporcionar. E, para os possíveis locatários, haverá uma oferta maior de imóveis no mercado”, prevê o CEO do Grupo ZAP Viva Real.
Preço médio - Em novembro de 2017, o valor médio do aluguel de imóveis nas cidades monitoradas foi de R$ 28,21/m², de acordo com índice FipeZAP. São Paulo desponta como a cidade com o maior valor médio por metro quadrado do país (R$ 35,62), seguida por Rio de Janeiro (R$ 31,92) e Distrito Federal (R$ 29,62). Já entre as cidades com o valor do aluguel mais barato por m² no mês de análise, destacam-se Goiânia (R$ 15,06), Fortaleza (R$ 16,17) e Curitiba (R$ 16,91).
“Comparando-se o preço médio de locação com o preço médio de venda dos imóveis, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por alugar seu imóvel. Esse indicador é relevante, em particular, para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a outras opções de investimento disponíveis. Com base em dados de novembro, o retorno médio anualizado do aluguel manteve-se em 4,3%”, avalia Vargas.
Dentre os motivos que fizeram os entrevistados a não concluírem o aluguel, o preço acima do desejado (53%) foi o fator mais citado, além de os interessados não encontrarem um imóvel na localização desejada (35%), adiamento por momento financeiro pessoal (18%), não localizar o imóvel no tamanho desejado (13%) e o momento econômico do país (7%).