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Cyrela está otimista com lançamentos do semestre

13/08/2018 / Categorias Mercado imobiliário

A Cyrela está otimista com lançamentos no segundo semestre, de acordo com o copresidente Efraim Horn. A incorporadora pretende apresentar 16 projetos "orgânicos" (sem considerar joint ventures) - dez em São Paulo, três no Rio de Janeiro e três na região Sul. "A meta interna de lançamentos será atingida", afirmou Horn, em teleconferência com analistas e investidores.

A companhia espera também reduzir distratos do total de R$ 1,8 bilhão do ano passado para cerca de R$ 1 bilhão em 2018.

Em maio, a Cyrela divulgou que lançaria menos, em 2018, do que previa, inicialmente, devido à suspensão temporária do direito de protocolo na cidade de São Paulo. "Conseguimos readequar alguns lançamentos e, com isso, voltar para patamar perto da meta do início do ano", disse o diretor de relações com investidores, Paulo Gonçalves.

Justamente porque parte dos projetos previstos pelo mercado para serem apresentados na primeira metade do ano foram postergados a Cyrela espera mais concorrência na venda de lançamentos em São Paulo no segundo semestre, conforme Horn.

Os destaques dos lançamentos até o fim do ano serão empreendimentos para a alta renda, de acordo com Gonçalves, seguidos por empreendimentos de médio padrão, mas a Cyrela apresentará também projetos do Minha Casa, Minha Vida, em São Paulo, com a marca Vivaz. O primeiro projeto Vivaz será lançado em setembro.

De acordo com o copresidente, a Cyrela não está preocupada com as eleições por não ter lançamentos de produtos especulativos previstos para o terceiro trimestre. "Não estamos com medo das eleições", disse Horn.

Depois de atingirem o pico em junho e julho, os estoques de unidades prontas da Cyrela serão reduzidos no segundo semestre, de acordo com o copresidente. Considerando-se a expectativa de redução de estoques prontos, a companhia espera "alta paulatina" da margem bruta, de acordo com o diretor de relações com investidores, Paulo Gonçalves. Os projetos lançados desde 2016 têm margens superiores às dos estoques.

Na primeira metade do ano, os cancelamentos de vendas da Cyrela somaram R$ 675 milhões - R$ 310 milhões no primeiro trimestre e de R$ 365 milhões de abril a junho. "Com a redução das entregas, a tendência é que o volume de distratos seja menor. Além disso, os bancos estão menos restritivos, e os distratos voluntários por parte dos compradores estão menores", disse Gonçalves. A companhia avalia que há espaço para queda mais acentuada dos juros cobrados no crédito imobiliário.

A Cyrela gerou caixa de R$ 181 milhões no segundo trimestre e de R$ 363 milhões no acumulado do primeiro semestre. A companhia pode ter nova distribuição de dividendos no fim do ano, conforme for a geração de caixa obtida, segundo Horn. No fim do trimestre, a alavancagem da incorporadora medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 14,4%.

Segundo o diretor, há tendência de queda das contingências da Cyrela, pois não há mais obras em atraso. As contingências foram uma das razões para a companhia ter registrado prejuízo líquido de R$ 28 milhões de abril a junho. 

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