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Casa e apartamento de três quartos: imóveis maiores ganham preferência de locatários

05/10/2020 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Extra – Economia – 05/10/2020)

 

 

Foi na pandemia que a agente de atendimento Gisele Machado, de 42 anos, percebeu que precisava se mudar para um apartamento maior: o imóvel de dois quartos ficou pequeno para, além de conviver, ela, o marido e dois filhos trabalharem e estudarem.

— Queremos ir para um imóvel de três quartos, com suíte. Assim, um cômodo pode virar escritório — contou.

O isolamento social fez com que, ao passar mais tempo em casa, as pessoas se atentassem para novas necessidades nos ambientes. De acordo com um levantamento do Grupo Zap sobre os impactos da covid-19 no mercado imobiliário, 60% dos entrevistados consideram que ter uma varanda no apartamento é muito relevante, e 36% gostariam de ter um ambiente reservado para trabalhar.

O dono da Martinelli Imóveis, André Moreira, percebeu a mudança de comportamento na prática. Segundo ele, os locatários passaram a procurar mais casas, coberturas e apartamentos de três quartos.

Antes da pandemia, minha carteira tinha 40 casas disponíveis. Hoje, não há nenhuma mais — revelou Moreira: — Até casais com criança pequena estão procurando imóveis maiores por querer ter um ambiente só para escritório. Está muito disputado!

Na plataforma Quinto Andar, enquanto a busca por imóveis de 3 e 4 quartos cresceu 3% e 4%, respectivamente, a procura por 1 quarto caiu 12%. Bairros mais afastados do centro, onde há maior proximidade da natureza, silêncio, mais casas de condomínio e imóveis amplos, despertaram maior interesse, com destaque para Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes.

— Depois do primeiro momento de retração em março e abril, a retomada tem sido em ritmo mais acelerado do que o previsto. De março até agosto de 2020, o número de imóveis anunciados na nossa plataforma aumentou em 149% e as buscas cresceram 177% — diz Arthur Malcon, gerente-executivo de estratégia do Quinto Andar.

A maior demanda pode ser vista também no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), usado como referência para corrigir o aluguel, que subiu 4,34% em setembro, segundo dados divulgados na última terça-feira (dia 29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com esse resultado, o índice acumula alta de 14,4% no ano e 17,94% em 12 meses, bem acima da inflação oficial do país, o IPCA.

Mais quartos para voltar a morar com a família

Não foi só o trabalho remoto que estimulou a mudança para imóveis maiores. Para o Coordenador de Filosofia do Unisal, Sergio Baldin Junior, é provável que a solidão do período tenha despertado o interesse em algumas pessoas de não mais morar sozinhas, mas dividir o espaço doméstico com familiares ou amigos.

A enfermeira Marcele D'Albuquerque Gomes, de 35 anos, se mudou para ficar mais perto da família. Ela morava com filha e marido em um apartamento de 60 metros quadrados mas, por causa de uma doença da tia, resolveu alugar uma casa com o dobro de espaço na pandemia.

— Agora minha tia e minha prima moram conosco. Como a casa tem quatro quartos, conseguimos manter a nossa privacidade e , mesmo assim, estarmos juntos — contou.

Segundo dados da OLX, em setembro, houve aumento de 24% na procura por imóveis para aluguel com cinco quartos no Estado do Rio de Janeiro, em relação ao mesmo mês de 2019. Enquanto isso, a busca de imóveis com 4 quartos cresceu 4%; e de 3 quartos, 6%. O interesse por por terrenos, sítios e fazendas no Estado do Rio de Janeiro também teve destaque, com crescimento de 28%. Já a busca por casas teve alta de 13%, e por apartamento, um aumento de 7%. 

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