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BC: Solvência melhora e eleva capacidade de bancos de suportar avanço do crédito

11/10/2019 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Valor Econômico – Finanças – 11/10/2019)

 

O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) divulgado nesta manhã pelo Banco Central diz que os bancos deverão seguir com índices de capitalização sólidos, mesmo em um cenário de retomada de crédito, em virtude da “adequada adaptação ao arcabouço de Basileia III, a sustentável geração de resultados e a folga de capital”.

O documento avalia que a solvência do sistema avançou em nível e em qualidade, aumentando ainda mais a capacidade dos bancos para suportar o ritmo de crescimento do crédito. “Os indicadores de capitalização e de alavancagem continuam significativamente superiores aos requeridos pela regulação”, diz o REF.

Os níveis de capital principal vêm sendo fortalecidos pela retenção de lucros, e o nível de provisão “mantém-se confortável, não indicando a necessidade de novas provisões que possam comprometer a quantidade de capital disponível”.

De acordo com o relatório, a rentabilidade das instituições financeiras permaneceu em elevação no primeiro semestre deste ano.

“Os aumentos da rentabilidade no primeiro semestre de 2019 foram influenciados pela retomada gradual do crescimento da carteira de crédito, com maior participação do crédito às famílias e às pmes”, diz o documento.

A perspectiva é de leve arrefecimento dessa tendência. De acordo com a autoridade monetária, isso se deve “ao esgotamento da redução das despesas de provisão e da expectativa de retração dos ganhos de eficiência operacional”.

Crédito às famílias aquecido; para empresas, morno

O relatório diz que houve leve aumento nos ativos problemáticos do sistema bancário junto às famílias, “mas não representam risco por estarem muito próximos aos mínimos históricos”.

“A análise por safra demonstra tendência de aumento de risco apenas para a modalidade crédito pessoal não consignado”, afirma o REF. “O crédito às pessoas físicas (PF) deve continuar em ascensão, com nível de risco pouco acima do atual, dada a estratégia dos bancos de avançarem em modalidades mais rentáveis e arriscadas.”

O documento pondera, porém, que, sem uma efetiva retomada da economia, essa estratégia pode ser alterada.

O REF registra que o ritmo de crescimento do crédito às famílias é o mais elevado desde o fim de 2015. “O avanço é favorecido pelas taxas de inflação e de juros historicamente baixas, e pelo aumento médio da confiança do consumidor nos últimos quatro anos”, diz o documento, que destaca as modalidades voltadas ao consumo, “que avançam em ritmo semelhante ao início do arrefecimento do crédito em 2012”.

O crédito para as famílias, avalia o BC, foi pouco afetado pelo desempenho da economia e manteve a tendência de aceleração apresentada nos semestres anteriores.

O documento diz que o cenário econômico pouco aquecido tem determinado a dinâmica do crédito bancário às empresas.

“No cenário econômico pouco aquecido, o financiamento doméstico amplo às empresas não financeiras avançou em ritmo semelhante ao do semestre anterior”, afirma. “O recuo no crédito bancário foi compensado pelo expressivo aumento do financiamento via mercado de capitais”, diz o documento.

“O índice de utilização da capacidade de produção da indústria seguiu baixo, com leve redução na taxa de desocupação impulsionada, basicamente, pelas categorias de ocupação mais associadas à informalidade”, diz o texto.

O REF diz que o risco relacionado a créditos a empresas de grande porte segue elevado. Houve discreta melhora na capacidade de pagamento e na rentabilidade das empresas não financeiras de capital aberto, diz o documento, e redução do número de requerimentos de recuperações judiciais.

“Os ativos problemáticos declinaram levemente, em razão da queda do risco advindo das pequenas e médio empresas (pmes) e de créditos baixados para prejuízo da carteira das grandes empresas”, aponta o documento. “Não obstante essas baixas, o risco relacionado às empresas de grande porte persiste elevado.”

Segundo o BC, o processo de migração dos fundos de investimento de exposição a títulos de instituições financeiras para títulos de empresas não financeiras não tem implicado aumento relevante do risco de liquidez.

“O excesso de liquidez dos fundos de investimentos está próximo ao máximo registrado, o que mitiga riscos à estabilidade financeira”, diz o BC. “Testes de estresse demonstram que o valor estimado de eventual suporte de liquidez das instituições financeiras aos fundos de investimento permanece reduzido.”

Liquidez e funding - De acordo com o REF, a liquidez em geral não representou risco à estabilidade financeira no primeiro semestre de 2019 e assim deve continuar na segunda metade do ano.

De acordo com a autoridade monetária, a tendência de alta do Índice de Liquidez Estrutural (ILE), que reduz o risco de liquidez no longo prazo, perdura há mais de três anos.

“Essa dinâmica tem sido possível em razão do baixo ritmo de concessão e da redução do prazo médio do estoque de crédito, concomitante ao crescimento do capital, das captações de varejo e das captações com vencimento acima de um ano”, diz o texto.

O documento coloca que as instituições financeiras seguem acessando o crédito externo em volume suficiente para atender às necessidades domésticas. “Em um cenário de queda nos custos médios, houve aumento da exposição ao funding externo em relação às captações totais no semestre.”

Pontos de atenção - O REF diz que “a dívida bruta do governo e o persistente aumento dos ativos problemáticos na carteira às grandes empresas continuam sendo os principais pontos de atenção”.

Segundo o documento, o mercado reduziu sua preocupação com os riscos político-fiscais – embora ainda os considere a maior fonte de vulnerabilidade para a estabilidade financeira –, mas aumentou a apreensão com o cenário externo.

“As instituições permanecem confiantes na capacidade de o sistema financeiro absorver choques adversos”, diz o REF.

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