(Terra – Economia - 13/02/2019)
O ano de 2018 resultou em negócios estáveis para as empresas do setor imobiliário no Distrito Federal, mesmo tendo sido um ano difícil para os setores produtivos em todo o Brasil. É o que aponta a mais nova edição da Pesquisa IVV - Índice de Velocidade de Vendas do Setor Imobiliário do DF. O IVV médio de 2018 para imóveis residenciais novos foi de 6,7%, ou seja, acima do indicador considerado como balizador do mercado imobiliário (5%) e, por isso, é avaliado como satisfatório pelas entidades do setor, diante do quadro econômico local e nacional. O mês de novembro apresentou o maior IVV do ano (8,6%), seguido do mês de dezembro, o segundo maior do ano, com 7,6%.
A pesquisa aponta redução na oferta de imóveis no último ano. Em dezembro de 2018 eram 2.934 unidades residenciais novas ofertadas. Já no mesmo mês, em 2017, eram 3.916 unidades. A média do ano foi de 3.400 unidades ofertadas e 223 unidades vendidas. "O Distrito Federal tem 3 milhões de habitantes e a oferta de unidades novas legalizadas é baixíssima para a expressiva demanda que temos. Essa disparidade entre oferta e procura acaba por encarecer os produtos", comenta Paulo Muniz, Presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI-DF).
O 4ºTRI de 2018 foi o melhor da série histórica, com 7,8%. Ano passado, neste mesmo período, a pesquisa apontou o IVV de 6,4%.
"Considerando a situação política e econômica do Brasil, o mercado se comportou equilibradamente durante o último ano. A tendência para 2019 é que o imóvel no Distrito Federal melhore ainda mais seus indicadores de comercialização. A média anual de 6,7% para velocidade de vendas confirma o desempenho positivo das vendas de imóveis residenciais novos no DF nos últimos meses" aponta Paulo Muniz. "Fechamos o ano com 15 empreendimentos lançados e 1761 unidades lançadas", completa.
Sobre a pesquisa IVV - A Pesquisa IVV acompanha mensalmente, desde janeiro de 2015, o ritmo de vendas de imóveis novos nas várias regiões administrativas do DF, considerando lançamentos e os em oferta. A pesquisa reúne informações prestadas por cerca de 30 companhias, responsáveis por 90% da oferta de imóveis novos no DF. O estudo é conduzido em parceria pela ADEMI-DF e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (SINDUSCON-DF), com apoio do SEBRAE-DF. A empresa Opinião Informação Estratégica é responsável pela coleta, tabulação e análise das informações, obtidas junto às empresas que aderiram voluntariamente ao projeto.
Dados da pesquisa IVV de dezembro de 2018 - A pesquisa do IVV tem o objetivo de aferir os negócios de imóveis novos residenciais e comerciais no DF e se a velocidade com que são vendidos está de acordo com as expectativas. Há, portanto, um IVV para imóveis residenciais e um IVV para imóveis comerciais.
As quantidades de imóveis informadas nos gráficos se referem aos negociados pelas empresas participantes da pesquisa e não representam o total de imóveis em oferta ou negociados em todo o DF (isso em razão de o estudo ainda não abranger 100% das incorporadoras). Os percentuais informados podem ser projetados para representação de todo o mercado imobiliário do DF.
Velocidade de vendas por número de quartos - A pesquisa do IVV de dezembro (gráfico a seguir) mostra que apartamentos de 2 quartos têm velocidade maior de vendas (12,6%). A segunda maior velocidade são as unidades de 3 quartos, com 5,4%; seguida por 4,6% de 1 quarto e 3,0% de 4 quartos ou mais.
Vendas totais - Em dezembro, foram vendidas 233 unidades pelas empresas avaliadas. Apesar da pequena queda em relação ao mês de novembro, o número está dentro da média dos últimos meses.
Valor do m² - A pesquisa aponta a variação do preço do m² dos imóveis residenciais por região em dezembro. Na Asa Norte há o maior valor: R$ 14.861,50 (preço de oferta dos imóveis); o mais baixo foi ofertado em Santa Maria - R$2.800,08.
IVV Comercial - O IVV médio dos imóveis comerciais foi de 1,6% em 2018 (gráfico a seguir). Foram 1.838 unidades ofertadas e uma média de 29 unidades vendidas. Os dados foram informados pelas empresas participantes.