(Revista News – Geral – 07/11/2018)
Quem procura adquirir um imóvel através de financiamento habitacional irá encontrar no mercado hoje uma boa quantidade de opções. É possível se enquadrar em uma das faixas do Minha Casa Minha Vida, obter financiamento vinculado ao FGTS ou mesmo com recursos captados das poupanças (SBPE). No caso de financiamentos com recursos do FGTS, a boa notícia é que agora se pode financiar imóvel de até R$ 1,5 milhão, em todo o território nacional.
Anteriormente, era admitido o financiamento de imóvel vinculado ao FGTS tendo como teto o valor de R$ 950 mil para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, e R$ 800 mil para as demais regiões. “O aumento do limite foi alterado em julho de 2018, mas com previsão de vigência para janeiro de 2019. Após análise pelo colegiado formado pelo Ministério da Fazenda, do Planejamento e Banco Central, optou-se por antecipar a medida”, como conta o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa. De acordo com ele, o Brasil sofre uma supervalorização de imóveis, o que faz com que o preço dos bens esteja, muitas vezes, acima do que realmente possa valer. Considerando que sob o ponto de vista da valorização das unidades habitacionais o mercado imobiliário não sofreu muito com as crises vividas no país, é certo que o preço dos imóveis não caiu substancialmente. “Em algumas regiões, inclusive, houve valorização, o que afeta diretamente no preço das unidades imobiliárias.”
É crescente também a procura por imóveis de alto padrão, o que se encaixa justamente nesse novo teto fixado. Para Vinícius Costa, o lado bom de toda essa situação é que agora o cidadão poderá utilizar o seu saldo de FGTS na aquisição dos imóveis de maior valor de mercado, dando uma verdadeira utilidade para o seu FGTS. “As regras para concessão do financiamento habitacional vinculado ao FGTS não mudam, apenas abriu-se a oportunidade de se adquirir imóveis de maior valor de mercado.” Segundo o presidente da ABMH, a medida tem como intuito atingir uma parte de população brasileira que tem condições de adquirir imóvel de alto padrão e possui saldo em conta de FGTS. “Economicamente falando, é uma forma de movimentar dinheiro em operações seguras, porém visando uma parcela específica da população que está apta a investir valor vultuoso na aquisição de um imóvel”, avalia.