A Viver Incorporadora, que está em recuperação judicial, reverteu o prejuízo de R$ 81,3 milhões apurado no terceiro trimestre de 2016 e registrou lucro líquido de R$ 17,8 milhões de julho a setembro deste ano.
O ganho no intervalo refletiu o abatimento do passivo tributário decorrente da adesão da companhia ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT).
No trimestre, a receita líquida da Viver foi de R$ 142 mil, ante um valor negativo de R$ 54,1 milhões contabilizado no mesmo intervalo de 2016. A receita refletiu o não lançamento de projetos e os distratos do período.
A incorporadora apurou vendas líquidas negativas de R$ 5,3 milhões no trimestre, ante indicador também negativo em R$ 80 milhões um ano antes.
Com números tão diferentes entre os trimestres, a Viver registrou margem bruta negativa de 1881% de julho a setembro de 2017. No mesmo intervalo do ano passado, o indicador havia sido positivo em 48,9%.
As despesas gerais e administrativas caíram 22%, para R$ 2,9 milhões.
O prejuízo financeiro líquido foi reduzido em 59,5%, para R$ 14,25 milhões, com o congelamento dos saldos das dívidas em função do pedido de recuperação judicial.
No fim de setembro, a dívida total da Viver alcançava R$ 1,1 bilhão, incluindo obrigações com partes relacionadas e debêntures conversíveis. Houve redução de 5,6% ante o fechamento do segundo trimestre, como consequência da consolidação das garantias de uma dívida extraconcursal.
Em relatório, a Viver informa que não foram apresentadas objeções a 14 dos seus 17 planos de recuperação judicial protocolados.
Por: Chiara Quintão (Valor Econômico – Empresas – 13/11/2017)