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Venda de cimento cresce 1,3% no acumulado até março

10/04/2019 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Valor Econômico – Empresas – 10/04/2019)

Chiara Quintão  

As vendas internas de cimento cresceram 1,3% no primeiro trimestre, na comparação anual, para 12,681 milhões de toneladas, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). "O desempenho muda o humor de uma indústria que acumulou quatro anos de perdas, no total de 26%", afirma o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna.

A entidade projeta crescimento de 1,7% das vendas no segundo trimestre, de 1,5%, no primeiro semestre, e expansão de 3% a 3,3% em 2019. A estimativa para o acumulado do ano considera que a reforma da Previdência será aprovada em 2019. "A aprovação da Previdência está mais vinculada ao humor e à confiança do que a resultados objetivos neste ano", diz.

O representante setorial avalia que, apesar da queda da confiança do consumidor, as perspectivas continuam positivas, pois o déficit habitacional continua elevado, o crédito imobiliário está abundante, e há "oportunidades de compra de imóveis com preços bastante atraentes". Já a demanda por parte do segmento de infraestrutura deve crescer somente a partir do fim do ano, segundo Penna.

Atualmente, o setor opera com a capacidade ociosa de 47,1%. De acordo com o representante setorial, 20 fábricas de cimento estão fechadas - 14 integradas e seis moagens. "Ainda que timidamente, tem havido aumento de produção, com início de religamento de fornos. Isso resulta mais da visão estratégica de capacitação dos fornos do que da recuperação de demanda", diz o presidente do SNIC.

Em março, as vendas domésticas tiveram queda de 6,6% ante o mesmo mês de 2018, para 4,056 milhões de toneladas. A comparação foi afetada pelo menor número de dias úteis em relação a março do ano passado. Por dia útil, houve aumento de 2,1% na comercialização de cimento, para 188,7 mil toneladas.

Nos 12 meses encerrados em março, as vendas tiveram leve redução de 0,1%, para 52,868 milhões de toneladas. Na avaliação de Penna, a primeira sinalização positiva no acumulado de 12 meses deve ocorrer em abril.

Nesta semana, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou que as vendas do setor de materiais cresceram 2,9% em março, em relação ao mesmo período de 2018. Segundo dados da entidade, houve leve alta de 0,1% do faturamento deflacionado no primeiro trimestre.

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