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Tecnisa fecha acordo com H.I.G. e planeja lançamento em 2019

27/11/2018 / Categorias Mercado imobiliário

(Valor Econômico – Empresas – 27/11/2018)

Chiara Quintão

Depois de dois anos sem apresentar projetos, a Tecnisa voltará ao mercado de lançamentos imobiliários, no primeiro semestre de 2019, por meio de joint venture anunciada, ontem, com o fundo H.I.G. Capital, da qual será minoritária. "Estamos animados com a volta aos lançamentos e otimistas em relação ao mercado", diz o presidente da Tecnisa, Joseph Nigri.

A companhia tem estrutura que permite lançar Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1 bilhão por ano, mas Nigri não informa se essa marca será alcançada no próximo ano. Para 2019, estão previstos os empreendimentos a serem desenvolvidos em conjunto com o H.I.G. em três terrenos da incorporadora, além de mais uma fase do Jardim das Perdizes, projeto do qual a Hines é sócia, todos na cidade de São Paulo. Pode haver mais algum lançamento na capital paulista.

Na parceria anunciada ontem, o fundo terá participação de 80%. A Tecnisa fica com os demais 20% e receberá taxas de administração das obras e de gestão da incorporação. "É o primeiro negócio do HIG no mercado residencial brasileiro", afirma Nigri. Não há exclusividade de nenhuma das partes para outras parcerias.

Em dois dos terrenos - um localizado na zona Sul de São Paulo, e outro na zona Oeste -, serão desenvolvidos empreendimentos econômicos, com parte das unidades enquadradas no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Está previsto ainda projeto na zona Leste com unidades de quatro dormitórios, 167 metros quadrados e preço médio de R$ 1,3 bilhão.

Segundo Nigri, a operação fechada com o H.I.G. faz parte da estratégia da Tecnisa de ter mais empreendimentos em curso. "Teremos percentual menor e resultado proporcionalmente maior", diz o executivo. A partir de determinado patamar de vendas, a companhia terá fatia do resultado superior à do sócio. A retomada dos lançamentos possibilita reduzir custos fixos da Tecnisa.

Questionado sobre quando ocorrerá a volta da companhia à lucratividade, Nigri afirmou que "o reconhecimento do resultado virá com o tempo". "Ao diminuirmos nossa alavancagem, a despesa financeira cai. As despesas administrativas já foram muito reduzidas", diz o presidente.

No fim de setembro, a Tecnisa tinha alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 60,7%. A empresa pretende, futuramente, ter apenas dívidas de projeto. Atualmente, as dívidas corporativas respondem pela maior parte do passivo.

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