(Folha de Vitório – Economia – 19/09/2019)
O Banco Central (BC) acaba de reduzir a taxa básica Selic de 6,00% ao ano para 5,50% a.a., corte de 0,5 ponto percentual, renovando a nova mínima histórica. De acordo com a Credihome, plataforma online de soluções de crédito para compradores e proprietários de imóveis, a decisão do BC tem potencial para inserir 4 milhões de novos consumidores no mercado imobiliário e levar a uma taxa média de juros para consumidores finais abaixo dos 7,8% ao ano.
"A redução da taxa Selic abre espaço para que novos consumidores tenham acesso ao mercado de crédito imobiliário. Nas nossas estimativas, a cada 0,5 ponto percentual de queda são acrescidos cerca 4 milhões de novos consumidores. Projetamos que com a nova taxa os juros para o consumidor final fiquem entre 7,5% a 7,7% ao ano", afirma Bruno Gama, CEO da Credihome.
De acordo com o executivo, a decisão do Copom reforça os estímulos ao mercado imobiliário que já vem de um movimento de reaquecimento, com as taxas médias para o consumidor final caindo do nível de 11,2% em 2016. "Certamente, seguiremos com a recuperação já vista no primeiro semestre, com crescimento expressivo nos indicadores de vendas de imóveis acima de dois dígitos e em financiamentos cerca de 30% superior em relação ao mesmo período de 2018.
Atração de funding para empréstimos - A queda dos juros também deve trazer efeitos positivos para uma maior captação de funding para operações de home equity, também conhecido como crédito com garantia imobiliária, com a atração de mais investidores por ativos que ofereçam retornos acima do CDI, como é o caso dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), muito usados como fonte de recursos para empréstimos nessa modalidade.
"Com a queda da Selic, a busca por retorno para o investidor fica cada vez maior, liberando mais recursos para empréstimos. A oportunidade está nos CRIs que são lastreados por créditos com garantia imobiliária. Essa escassez de ativos que ofereceram rendimento é um fenômeno mundial com o cenário de juros baixos", lembra Luis Cláudio Garcia de Souza, fundador da Finvest e co-fundador da Credihome.