Depois de marcar captação recorde em dezembro, a caderneta de poupança abriu 2018 com uma perda líquida de recursos de R$ 5,201 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC). Em janeiro do ano passado, as retiradas tinham somado R$ 10,735 bilhões. Em 12 meses, o saldo da caderneta é positivo em R$ 22,660 bilhões.
A perda no mês foi reduzida pelo ingresso de R$ 2,768 bilhões no último dia, pois até o dia 30 os saques superavam os depósitos em R$ 7,969 bilhões.
A caderneta de poupança fechou 2017 com ingresso líquido de R$ 17,126 bilhões, impulsionado pela entrada de R$ 19,373 bilhões em dezembro, mês sazonalmente favorável às captações. Em 2016, a poupança encerrou com saque de R$ 40,701 bilhões, vindo de uma perda líquida de R$ 53,567 bilhões em 2015. Em 2014, a poupança tinha registrado captação de R$ 24,034 bilhões, após o recorde de R$ 71,047 bilhões de 2013.
A perda líquida de janeiro foi superior ao rendimento de R$ 2,961 bilhões, reduzindo o patrimônio total da poupança de R$ 724,603 bilhões em dezembro para R$ 722,363 bilhões no mês passado, primeira queda desde março do ano passado. Em 2017, a poupança registrou aumento de patrimônio de R$ 59,611 bilhões, vindo de aumento em R$ 8,4 bilhões em 2016, após queda de R$ 6,137 bilhões em 2015.
Em janeiro, os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário mostraram retirada líquida de R$ 4,974 bilhões (SBPE). E as instituições que destinam os recursos para o crédito rural registram saques de R$ 226,378 milhões (SBPR).
Com Selic abaixo de 8,5%, a caderneta de poupança paga 70% da taxa básica de juros, em substituição ao rendimento de 0,5% ao mês mais TR.