RIO – O ciclo de redução de juros iniciado no ano passado está permitindo aos devedores com paciência para pesquisar encontrar taxas mais amigáveis. A portabilidade de crédito para novos bancos por pessoas físicas somou R$ 10,6 bilhões entre janeiro e agosto, um salto de 139% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O patamar é recorde. Segundo especialistas, a queda da Selic, que recuou de 14,25% para 8,25% em menos de um ano, tem acirrado a competição entre as instituições financeiras.
Como a portabilidade como conhecemos foi estabelecida em 2013, este é o primeiro momento em que o consumidor está de fato conseguindo taxas menores em outros bancos porque, até então, os juros do país só haviam subido. Além disso, a mudança do rotativo também está levando a um cenário de juros mais brandos para o consumidor — afirma Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). — É um movimento positivo, porque foi justamente para isso que a portabilidade foi criada.
A portabilidade é a possibilidade de transferir uma dívida de uma instituição financeira para outra. Pode-se transferir qualquer tipo de empréstimo, desde um simples crédito pessoal até o financiamento de um imóvel. Os empréstimos consignados, que já trabalham com taxas competitivas, são o segmento mais explorado.