O mercado de venda de imóveis residenciais começa a reagir e registrar números expressivos para o setor. Uma pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Sinduscon-TAP), na última semana, mostrou que a venda de unidades residenciais em Uberlândia cresceu 52% no primeiro semestre ante aos comparativos trimestrais de 2017.
O estudo realizado por uma empresa de consultoria revelou que nos dois primeiros trimestres de 2018 foram vendidos 2.136 imóveis residenciais. Já o segundo, terceiro e quarto trimestres do ano anterior acumularam 1.402 unidades vendidas.
De acordo com o presidente do Sinduscon-TAP, Efthymios Panayotes Emmanuel Tsatsakis, o setor vê com bons olhos as estatísticas apesar do momento de indefinição política e recuperação econômica e acredita que 2018 fechará positivo para o mercado imobiliário local.
“Se ainda neste momento de dúvidas já estamos tendo crescimento, a nossa expectativa é que a curva continue subindo. Vendemos um pouco mais que outras cidades brasileiras onde a pesquisa também está sendo desenvolvida e isso anima as construtoras a continuarem lançando”, informou.
Os empreendimentos de padrão econômico (comercializados no valor de até R$ 190 mil) lideram as vendas com 1.934 imóveis contra 993 no período pesquisado de 2017, um crescimento de 94,7%.
Segundo Panayotes, essa característica de compra do uberlandense dentro da faixa de padrão econômico coloca a Regional da Caixa Econômica Federal (CEF) de Uberlândia como uma das primeiras do país em financiamento habitacional por meio do programa federal Minha Casa Minha Vida.
Aluguel - O aluguel de imóveis também começa a dar sinais de melhora no município. O gerente de locações de uma imobiliária no setor leste com filial na área central, Leonardo Garcia, comentou que aquele cenário de grande oferta e baixa demanda está mudando na cidade.
Mas se por um lado a locação de unidades residenciais apresenta bons resultados, os imóveis comerciais são um grande entrave para o mercado. Garcia destacou que a burocracia para regularizar a documentação e fazer adequações no imóvel, principalmente os mais antigos, dificulta o aluguel e faz com que os imóveis fiquem parados por muito tempo.