(Investimentos e Notícias – 10/01/2019)
No primeiro dia do ano entrou em vigor o novo limite máximo do valor do imóvel que pode ser adquirido utilizando recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O teto, anteriormente de R$ 950 mil, nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal, passou agora a R$ 1,5 milhão. A medida, anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), permite ao trabalhador consorciado novas opções de compra da casa própria.
No sistema de consórcios, os trabalhadores podem utilizar o saldo do FGTS para oferta de lance ou como complemento da carta de crédito; com o objetivo de adquirir imóvel residencial pronto ou em construção; ou, após contemplação, para amortizar o saldo devedor, pagar parte das prestações ou liquidar o saldo devedor.
“O leque de opções dadas aos trabalhadores de como utilizar o FGTS no consórcio faz com que o sonho da casa própria se torne uma realidade cada vez mais próxima”, destaca o vice-presidente de operações e parcerias da Embracon, Luís Toscano. “É importante, apenas, ficar atento aos pré-requisitos exigidos para usufruir deste recurso como: possuir três anos de trabalho sob regime do FGTS, ter a cota do consórcio no nome do trabalhador, não ser titular de financiamento ativo no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e não ter imóvel no município em que reside ou exerce sua atividade principal”, acrescenta o executivo.
Muitos brasileiros já recorrem a essa prática. De janeiro a setembro de 2018, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), 2.586 trabalhadores participantes do consórcio de imóveis utilizaram cerca de R$ 112,05 milhões do saldo das contas do FGTS. Desse valor, 62% foi direcionado para a aquisição de imóveis prontos, 17,6% no abatimento do saldo devedor, 9,7% para liquidação de saldo devedor, 6% no pagamento de parte das prestações e 4,4% em compra de imóvel em construção.
Consórcio de Imóvel - O número de participantes ativos do consórcio de imóveis cresceu constantemente ao longo de 2018 e alcançou 877 mil consorciados, de janeiro a outubro. Neste mesmo período, 219,75 mil novas cotas foram vendidas, apontam os dados da ABAC.
Ao longo desses dez meses, o sistema de consórcio imobiliário atingiu o volume de 30,07 bilhões em créditos comercializados, com tíquete médio (valor médio da cota no mês) de 138,6 mil, utilizados por mais de 60 mil contemplados. Ao todo, de janeiro a outubro de 2018, foram disponibilizados 5,99 bilhões em créditos no sistema de consórcio imobiliário brasileiro.