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Juros baixos exigem mais planejamento dos fãs da renda fixa

14/02/2018 / Categorias Mercado imobiliário , Tributação

Quando o assunto é investimento, o brasileiro é bastante conservador: a caderneta de poupança ainda é a aplicação mais popular do país. Mas a nova redução da taxa de juros básicos (Selic), anunciada na última quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduz mais os ganhos da renda fixa e aumenta a pressão sobre os investidores para que diversifiquem suas carteiras — inclusive no mercado de ações, considerado de maior risco.

O BC reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, ao novo piso histórico de 6,75%. E os investidores ainda têm de lidar com uma elevada volatilidade: na semana passada, os principais índices dos mercados de ações de Estados Unidos e Europa registraram as maiores perdas desde meados de 2016. Diante desse cenário de juros baixos, inflação sob controle e volatilidade nas Bolsas, analistas são unânimes: na hora de investir, a palavra-chave é diversidade.

"Mais do que nunca, o investidor precisa ter uma carteira diversificada. É possível permanecer em títulos de renda fixa, mas, se a pessoa quiser garantir aplicações mais rentáveis, não há saída: terá de tomar um pouco mais de risco", resume Rodolfo Olivo, coordenador da graduação da Fundação Instituto de Administração (FIA).

A consultora de investimentos da plataforma on-line Órama, Sandra Blanco, concorda. Segundo ela, é possível montar uma carteira de investimentos com bons retornos, sem abrir mão da segurança. Para isso, ela recomenda investir de 30% a 60% em renda fixa, pelo menos 10% em um fundo de ações (parcela que pode chegar a 40%) e o restante em fundos multimercado: "Com as empresas bem posicionadas e com boas previsões de lucros para os próximos anos, é importante ter cerca de 10% em renda variável, por meio de fundos de ações e multimercado".

Atenção às taxas de administração - Para os que têm dinheiro investido na renda fixa e não pretendem sair dela, é preciso reavaliar seus objetivos, a fim de saber quais são as melhores opções. Se seus planos são de curto e/ou médio prazo, não há problema em manter a aplicação. Para esse caso, o mais indicado é o Certificado de Depósito Bancário (CDB). Para metas mais longas, como aposentadoria, porém, é melhor optar por Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou Agrícola (LCA), que são isentas de Imposto de Renda, sugerem especialistas.

"Em aplicações de curto prazo, o mais importante é observar se ela está rendendo acima da inflação, para avaliar seu ganho real e ter certeza de que não se está perdendo dinheiro. Para médio e longo prazos, é aconselhável buscar ganhos maiores. Para isso, os títulos do Tesouro IPCA são uma boa opção", avalia Myriam Lund, planejadora financeira e professora da FGV.

Essa foi justamente uma das aplicações escolhidas pelo jornalista Victor Rocha, de 27 anos. Em 2016, ele começou a investir e optou por dividir seus aportes entre títulos do Tesouro atrelados à inflação e à Selic. Mas lamenta a queda dos juros: "Sei que foi bom para o país, mas é frustrante saber que vou passar a ganhar menos. Não imaginava que os juros fossem baixar tanto. Mas, ainda assim, não sei se estou pronto para entrar no mercado de ações. Talvez quando eu fizer meu próximo aporte. Por enquanto, ficarei na renda fixa mesmo".

Para não se arrepender, é preciso planejamento. Como a previsão é que a Selic fique estável até o fim deste ano, pelo menos, analistas sugerem deixar de lado os títulos prefixados. "De hoje em diante, somente os títulos pós-fixados fazem sentido, já que a tendência é que o juros venham a subir com a recuperação da economia e o aumento do consumo. O ideal é investir em títulos pós-fixados a longos prazo, cerca de quatro anos, mais ou menos. Neles, às vezes é possível conseguir rendimentos de até 120% ou 125% do CDI, que é um retorno bastante alto", explica Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro e especialista em investimento do banco Ourinvest, lembrando ainda que os títulos de bancos têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil.

Os investidores ainda precisam estar atentos às taxas de administração dos fundos. Em um cenário de juros a 14%, pagar taxas de 2,5% a 3% não era um grande problema. Hoje, porém, esse nível de cobrança pode provocar fuga de recursos para a poupança, alerta Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

"É um absurdo que os bancos mantenham essas taxas tão altas. Mais do que nunca, as pessoas precisam pesquisar se quiserem se manter na renda fixa. Se as taxas forem muito altas, pode ser mais vantajoso retornar à poupança ou ao Tesouro Direto", recomenda, destacando que a taxa ideal de um fundo deve ser em torno de 1%.

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