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EZTec lançará pelo menos R$ 790 milhões no ano

14/08/2018 / Categorias Mercado imobiliário

A EZTec vai lançar pelo menos R$ 790 milhões, em 2018, independentemente dos rumos do processo eleitoral, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Emílio Fugazza. Por enquanto, a companhia lançou apenas um empreendimento, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 105 milhões, e comprou participação de R$ 24 milhões em um projeto. Os demais R$ 660 milhões referem-se a cinco projetos aprovados e a um empreendimento em via de obtenção de licenças, todos na cidade de São Paulo.

"A Prefeitura de São Paulo voltou a aprovar projetos, com força total, a partir de julho", conta Fugazza. No primeiro semestre, uma liminar suspendeu, por quase três meses, no maior mercado imobiliário do país, o direito de que projetos protocolados antes de a nova Lei de Zoneamento entrar em vigor possam seguir as regras antigas. Segundo o executivo, considerando-se a demanda represada, em São Paulo, há indicativos de "boas vendas" dos projetos da EZTec que já possuem licenças.

"À medida que obtivermos licenças para outros projetos, vamos avaliar o quanto a eleição joga a favor dos lançamentos ou contra", afirma Fugazza. Uma das possibilidades de lançamentos adicionais ao que já foi definido é a apresentação ao mercado do projeto residencial do Parque da Cidade, comprado da OR Empreendimentos e Participações, incorporadora do grupo Odebrecht. Esse projeto, com VGV de R$ 500 milhões, tem duas torres e será desenvolvido na zona Sul de São Paulo.

Os R$ 790 milhões previstos, por enquanto, pela EZTec para 2018 estão dentro da meta de VGV projetada, de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão.

No segundo trimestre, a EZTec teve lucro líquido de R$ 14,7 milhões, com queda de 33% na comparação anual. Sem lançar produtos no período, a companhia registrou queda de 35% na receita líquida, para R$ 68,9 milhões. De acordo com Fugazza, a EZTec terá receita e lucros mais representativos em 2019, com avanço de obras de novos lançamentos. A margem bruta caiu de 46,7%, no segundo trimestre de 2017, para 38,3% de abril a junho.

A EZTec gerou caixa de R$ 24,9 milhões no segundo trimestre. No fim de junho, a companhia tinha caixa líquido de R$ 411,5 milhões.

A Even Construtora e Incorporadora reduziu seu prejuízo líquido em 61% no segundo trimestre, para R$ 30,4 milhões. O presidente da companhia, Dany Muszkat, ressalta que o prejuízo teria sido bem menor se não fosse uma provisão para distratos de quase R$ 15 milhões. A receita líquida teve queda de 1,1%, para R$ 377,1 milhões. A margem bruta ajustada caiu de 23,3%, no segundo trimestre de 2017, para 22,7% de abril a junho.

A Even registrou despesas gerais e administrativas de R$ 30 milhões, com queda de 27% na comparação anual. Foi o menor patamar trimestral do indicador desde 2011. A empresa espera manutenção, no segundo semestre, do nível dessas despesas na primeira metade do ano. A Even gerou caixa de R$ 100 milhões no segundo trimestre e de R$ 556 milhões nos últimos 18 meses. A geração de caixa continuará a ser destinada à redução da alavancagem. No fim de junho, a Even tinha alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido de 42,9%, ante 56,9% um ano antes.

A Even espera voltar a ter lucro líquido em 2019, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Vinicius Mastrorosa. "A grande dúvida é o segundo semestre, que dependerá de lançamentos e vendas", diz o diretor. Há expectativa também de melhora mais relevante da margem bruta a partir do próximo ano, como consequência da esperada diminuição dos distratos.

Já a Tenda teve lucro de R$ 51,6 milhões, 2,48 vezes acima do ganho do segundo trimestre de 2017. A receita aumentou 26,8%, para R$ 399,1 milhões. A margem bruta ajustada ficou em 37,6%, acima do limite superior da meta para 2018 -- que foi elevada para a faixa de 34% e 36%. Anteriormente, a companhia estimava patamar de 33% a 35%. A Tenda gerou caixa de R$ 65 milhões no trimestre.

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