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Construção emprega mais, mas tem retomada incerta

02/08/2019 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Valor Econômico – Brasil – 02/08/2019)

Ana Conceição

Depois de perder 1,1 milhão de empregos formais durante o auge da crise econômica, a construção civil terminou 2018 com um pequeno saldo positivo de vagas (16,9 mil) e criou mais 57,6 mil postos de trabalho no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2018. Em termos proporcionais é o melhor desempenho entre os grandes setores registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ainda é cedo para classificar esses números de retomada. Em vez de recuperação, a economista, uma das maiores especialistas do setor, prefere dizer que a construção está "despiorando". A criação de empregos nos últimos meses, diz, reflete um aumento de lançamentos imobiliários em 2018. "A dinâmica do setor mudou desde o segundo semestre de 2018, mas o nível do emprego segue muito baixo."

Ela também chama atenção para a concentração regional da criação de empregos na construção em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. Mas, enquanto o setor imobiliário dá indicações de melhora desde o ano passado, a infraestrutura segue sem reação.

Na sondagem realizada mensalmente pela FGV, o indicador de confiança subiu em junho e julho, mas ainda está em 85,4, aquém da linha de 100 pontos, que divide otimismo e pessimismo. O índice que mede as condições do momento está ainda mais abaixo, em 75,1 pontos. O de expectativas marca 96. "É tudo muito incipiente para apontar que foi iniciado um ciclo de recuperação. Não vejo elementos que representem a retomada de investimento no médio e longo prazo, que é o mais importante."

Enquanto isso, o setor de serviços, o que tradicionalmente cria mais empregos, também registra resultado positivo no semestre (272,2 mil vagas), assim como agricultura (75,3 mil) e indústria (69,2 mil). O comércio destoa, com saldo de 88,7 mil demissões, segundo o Caged. Com exceção da construção, a geração de vagas formais segue um padrão parecido com o visto no ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, o país criou 408 mil empregos, pouco mais que os 392,5 mil do mesmo período em 2018.

Especialistas consideram que neste ano a geração de vagas não deve ficar longe da registrada no ano passado, condizente com um crescimento fraco da economia, de menos de 1%.

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