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Coliving na pandemia: startups veem volta na procura pelo compartilhamento de imóveis

01/09/2020 / Categorias Mercado imobiliário , Economia

(Exame – Economia – 01/09/2020)

 

Mariana Fonseca

 

O antigo hábito de dividir custos morando em pensões ou repúblicas ganhou ares de século 21. Com um banho de gestão e tecnologia promovido por startups, o costume recebeu o nome de coliving, ou moradia compartilhada.

Nos últimos anos, o mercado cresceu e ganhou adeptos. Como muitos outros setores, sofreu os impactos e os questionamentos trazidos pela pandemia de Covid-19. As pessoas iriam permanecer nesses espaços em pleno isolamento social?

Negócios que unem imóveis compartilhados e tecnologia tiveram, sim, redução na ocupação das moradias no começo da quarentena. Mas startups como Housi e Yuca viram o movimento se recuperar mais rapidamente do que se esperava. Suas ocupações já retomaram níveis pré-pandemia — e as startups continuam com projeções agressivas para 2020.

Aluguéis compactos e áreas comuns


A construtora e imobiliária Vitacon, criada por Alexandre Frankel, nasceu apostando em imóveis compactos e próximos a locais de trabalho e a opções de transporte. Em seus dez anos de operação, a empresa ampliou o foco. Aos apartamentos iniciais, que tinham pouco mais de 40 m², somaram-se espaços de 10 m² em áreas compartilhadas de trabalho, eventos e cinema.

Bastou um curto passo para o coliving. A empresa criou há pouco mais de um ano uma startup chamada Housi, que realiza aluguel online dos apartamentos da própria Vitacon e de outras incorporadoras. A Housi, por sua vez, entrou no mercado de compartilhamento dos imóveis por meio de uma parceria com o Flatmatch, aplicativo que conecta potenciais colegas de moradia.

Nos últimos meses, os prédios da Vitacon adotaram medidas de saúde e segurança, como divisórias, higienização, menor ocupação máxima e reservas prévias das áreas comuns. "Percebemos que as pessoas precisam do isolamento, mas outro movimento é o de orçamento mais enxuto. Promover essa divisão segura do espaço é uma forma de gerar maior economia e evitar o deslocamento por transporte público para acessar serviços", diz Frankel.

Os níveis de ocupação já estão maiores do que no pré-pandemia em São Paulo, maior mercado da Housi. A plataforma ultrapassou R$ 4 bilhões em ativos sob gestão. A expectativa é chegar a R$ 10 bilhões até o fim do ano. Uma das medidas para isso foi a aquisição da agência carioca de aluguel por temporada GoHouse. A compra servirá como base de expansão para a Housi no Rio de Janeiro, oferecendo aluguéis principalmente para estudantes e turistas.

Apartamentos compartilhados


A Yuca passou por esforços e resultados similares. A startup que divide apartamentos grandes para serem compartilhados redesenhou seus planos no final de março. No cenário mais pessimista, esperava uma queda na taxa de ocupação de 99% para 65%. No pior momento, a queda foi de 79%.

Hoje, a ocupação da Yuca voltou para 93%. A startup tem parceria com a fintech Creditas, que subsidia parte dos custos para que seus funcionários morem nos apartamentos compartilhados e mais próximos à empresa. O acordo continuou mesmo em tempos de trabalho remoto.

"Como garantir que seu ambiente em casa seja adequado em criatividade e produtividade? Ficar enclausurado e sozinho em um apartamento pequeno não é o melhor formato. O conceito de ter uma área privada e uma área de convivência com outros profissionais tornou-se interessante", diz o fundador, Eduardo Campos.

Assim como na Vitacon, a startup de coliving adotou medidas de saúde e segurança. Distribuiu álcool em gel, máscaras e guias para higienizar compras. A Yuca tem 250 quartos sob gestão e espera terminar o ano com 500. A meta desenhada no começo da pandemia era de 350 quartos no final de 2020.

A reocupação voltou mais rápido do que o esperado para as startups do setor — e o coliving parece estar mais forte do que nunca, tendo a grana curta como aliada. 

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