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Caderneta rende 4,62% em 2018, e deve ganhar da inflação

28/12/2018 / Categorias Mercado imobiliário , Tributação , Economia

(O Estado de S. Paulo – Economia e Negócios – 28/12/2018)

Regina Pitoscia

Ainda que seja o patinho feio entre as aplicações, a caderneta de poupança deve proporcionar um ganho real ao investidor em 2018. Não pelo rendimento acumulado ao longo de todo ano, de 4,62%, mas por obra e graça da inflação, que escorregou para algo previsto em torno de 3,69% pelo mercado financeiro. Caso confirmada essa projeção de alta dos preços na economia para esse ano, de analistas das principais instituições financeiras do País, a poupança terá pago uma parcela de 0,9% acima da inflação.

Lembrando que essa é a remuneração proporcionada pelas contas abertas a partir do dia 3 de maio de 2012, as chamadas contas novas. Para elas vale a regra de um rendimento equivalente a 70% da Selic, sempre que essa taxa for inferior a 8,5% ao ano. Critério que prevaleceu ao longo de 2018, em que a Selic saiu de um nível 7,00% ao ano, em janeiro e fevereiro, passou para 6,75% em março, e cravou em 6,50%, de abril a dezembro.

Para as contas antigas está garantido um juro de 0,5% ao mês, ou de 6,17% no ano, mais a variação da TR, que esteve próxima de zero e, praticamente, não serviu para engrossar o rendimento final ao aplicador. Esse tipo de caderneta está pagando uma das melhores rentabilidades dentro da renda fixa.

É fato que o seu rendimento emagreceu bastante, e obter algo abaixo de 5,0% durante um ano todo para o dinheiro aplicado não é nada animador. Para um total de R$ 10 mil, o aplicador teria embolsado um rendimento de R$ 500,00 no período.

Mas a caderneta não está sozinha nesse barco. Juntamente com ela estão os títulos e os fundos de renda fixa, que podem até acenar com um rendimento bruto maior, mas que por terem desconto do imposto de renda, ou taxa de administração, acabam pagando menos, dependendo do prazo ou do valor da aplicação.

A escolha por uma remuneração mais interessante e diferenciada vai exigir do investidor assumir mais risco dentro do segmento de renda variável, como ações e fundos multimercados.

Sinais para 2019 - Não apenas porque a Selic foi mantida em 6,50% até fevereiro, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, mas pelo comunicado divulgado no fim da reunião, não se deve esperar por rentabilidade mais gorducha para a caderneta nem para as demais opções da renda fixa.

Diferentemente de reuniões anteriores em que houve destaque para eventual ameaça de alta da inflação, que poderia resultar em elevação das taxas de juros em 2019, a expectativa da autoridade monetária sobre o cenário de evolução dos preços mudou para positiva. Isso levou o Copom a excluir do comunicado a referência que fazia a possível elevação dos juros.

As projeções de inflação pelo IPCA do mercado financeiro estão alinhadas com as avaliações do BC, que apontam para uma variação acumulada do IPCA abaixo da meta inflacionária definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação para 2018 é 4,50%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo. Essa meta serve de mira para o BC calibrar a Selic em reuniões do Copom.

Para 2019 ela é menor, de 4,25%, mas com tolerância também de 1,50 ponto porcentual (piso de 2,75% e teto de 5,75%). Olhando o cenário de momento para a inflação futura, o BC parece confortável para seguir com a Selic em 6,50% ao ano também no próximo ano.

Ala significativa do mercado financeiro entende que, não fossem o desequilíbrio fiscal e o rombo das contas públicas, que exigem juro atraente para atrair o investidor ao financiamento da dívida pública, a Selic teria mais espaço para a queda do que para eventual retomada de alta, agora aparentemente descartada pelo comunicado do Copom.

Por isso, o cenário desenhado à frente pelas expectativas afasta a perspectiva de melhora, ainda que nominalmente, da rentabilidade de aplicações remuneradas com juros, que têm como referência a taxa Selic de 6,50% ao ano. O rendimento é o que está aí, algo em torno de 0,35% a 0,45% ao mês líquido, e tende a permanecer nesses níveis por longo tempo para aplicações como caderneta e fundos de investimento, de renda fixa e DI.

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